Considerado um livro difícil, “Ulysses”, escrito pelo irlandês James Joyce entre 1914 e 1921, ganha sua terceira “versão” brasileira. Desta vez, a tradução ficou a cargo do professor da UFPR, Caetano Galindo, que usou a obra em sua tese de doutorado.
Buscando diferenciar-se das traduções anteriores, de Antônio Houaiss (1966) e da professora Bernardina da Silva Pinheiro (2005), Galindo coloca de lado o hermetismo da primeira edição e descarta a simplificação da outra.
Consagrado como tradutor, Caetano Galindo tem no currículo obras como “Vício inerente” de Thomas Pynchon, “Uma morte em família” de James Rufus Agee e “Bem que eu queria ir” de Allen Shawn.
Pilar literário
“Ulysses” conta a história de um homem comum, personificado por Leopold Bloom, que caminha por Dublin, capital da Irlanda, no dia 16 de junho de 1904. Concebendo uma analogia a “Odisséia” de Homero, Joyce recria todos os 18 capítulos da obra original.
Renegado e censurado, o romance de Joyce é fundamental para a literatura moderna, intercalando diversos focos narrativos, utilizando fluxo de consciência, monólogos e neologismos.
Considerado um marco, “Ulysses” é tido como divisor de águas na obra do escritor, que dedicaria quase duas décadas para escrever seu derradeiro romance, “Finnegans Wake”.