O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, falou sobre soja transgênica para um documentário encomendado pela Crias, uma ONG que trabalha com agricultores familiares na Bélgica.
O material, com aproximadamente 20 minutos de duração, tem como objetivo municiar debates dos agricultores belgas sobre o plantio da soja transgênica no Brasil.
A posição do Governo do Paraná em relação à soja transgênica, como a liberação do plantio pode afetar a agricultura familiar e as dificuldades que a soja transgênica geram para a exportação foram algumas das perguntas feitas ao secretário.
Pessuti deixou claro a intenção do Governo do Paraná em manter o Estado como produtor de soja convencional, fato este justificado pela crescente rejeição mundial por OGMs (no caso soja transgênica). ?Hoje existe uma garantia de mercado de soja convencional com indicativos de diferencial de preço favorável?, explicou.
O secretário destacou ainda que produção e a comercialização da soja RR foi autorizada no país, sem critérios de biossegurança definidos, o que poderá vir a comprometer definitivamente a produção da soja convencional e orgânica no Estado.
O engenheiro agrônomo da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Marcelo Silva, responsável pela fiscalização de transgênicos no Paraná, acompanhou a entrevista do secretário Pessuti. Ele acredita que o interesse demonstrado por agricultores europeus sobre o plantio de soja convencional no Paraná confirma a crescente rejeição por grande parte do mercado mundial por produtos geneticamente modificados. ?É justamente para atender toda essa demanda que o Paraná defende a soja convencional?, lembrou.
Segundo Silva, o Governo do Estado garante o fornecimento de sementes de soja convencional a todos aqueles produtores interessados em cultivar um produto livre de transgenia. Depois de exibido na Bélgica, o documentário poderá ser liberado para uso no Brasil.