Procuradores de Nova York retiraram parte da acusação de assédio sexual contra Harvey Weinstein nesta quinta-feira, 11. A decisão foi baseada em novas evidências que põem em dúvida o depoimento de Lucia Evans, uma das primeiras a expor o caso. A promotoria justificou que o depoimento da atriz divergia com o que disse uma testemunha.
Na presença do produtor, o juiz aceitou derrubar a acusação de Evans. A atriz ajudou a impulsionar o movimento #MeToo quando contou à revista The New Yorker que Weinstein teria a forçado a fazer sexo oral nele em 2004 – na época, ela tinha 22 anos e tentava a vida de atriz.
O advogado de Weinstein, Benjamin Brafman, disse que Evans mentiu tanto em seu relato à New Yorker quanto em seu depoimento à Justiça americana. Ele sugeriu ainda que a atriz deveria ser processada por falso testemunho.
Carrie Goldberg, responsável pela defesa de Evans, rebateu que a promotoria abandonou a sua cliente.
Movimentos Me Too e Time’s Up
Weinstein foi acusado de conduta sexual imprópria por mais de 70 mulheres. As acusações deram origem aos movimentos Me Too e Time’s Up, em que centenas de mulheres revelaram casos de abuso envolvendo poderosos de Hollywood.
O caso foi exposto inicialmente em 5 de outubro de 2017 pelo jornal The New York Times. Poucos dias depois, foi publicada a reportagem da New Yorker.
O produtor também é investigado por autoridades em Los Angeles e Londres.