Flúvia Lacerda é a modelo brasileira plus size mais reconhecida no mundo, e a primeira a ser capa da revista Playboy no País. Apaixonada por biquínis, ela conta que tem três gavetas cheias deles. Em sua conta no Instagram, repleta de cliques com esses modelos, fica evidente o seu amor pela moda praia.

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A própria Flúvia escolheu todos os biquínis que seriam usados nas fotos para a revista, produzidas em Roraima, Estado em que foi criada. “Optei por peças mais neutras e básicas, pois queria que o resultado final fosse bastante natural. Meu cabelo não foi produzido e também quase não usei maquiagem”, conta ela.

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Quando se trata das escolhas para ir para à praia ou dar um mergulho no rio – programa que ela revela adorar fazer com os amigos de infância – a modelo prefere, na maioria das vezes, peças coloridas ou estampadas. Ela acredita que calcinhas de cintura alta com desenhos variados vestem bem as mulheres plus size. “Gosto do biquíni de cintura alta porque me sinto bem e não porque esconde a minha barriga. Sou contra qualquer doutrinação para a mulher esconder o seu corpo. O Brasil é um dos piores países que eu conheço nesse sentido. Nossa cultura acaba impedindo a mulher de se sentir bem com o próprio corpo”, diz Lacerda.

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O modelo preferido de Flúvia é o shortinho, porque lhe dá liberdade para brincar com Pedro, seu filho de dois anos e meio (ela também é mãe de Lua, de 16). Revela ainda não ser fã de peças com muitos recortes, pois não são confortáveis – aquelas mesmas que deixam ‘marquinhas’ esquisitas depois da pele bronzeada.

Em relação ao maiô, a brasileira prefere usá-lo como body no dia a dia, fora da praia ou piscina, combinado com calça jeans.

Alguma regra para escolher moda praia? “Use algo que respeite suas medidas, seja o biquíni ou a calça jeans. Muita menina tenta se enquadrar em um manequim que não é o dela. Vestir algo mega-apertado é muito deselegante. Quando você usa algo do seu tamanho, você fica linda. Mas isso dificilmente acontece no Brasil, porque as mulheres plus size têm dificuldades para achar peças na sua numeração”, afirma Flúvia.

Flúvia, que mora em Nova York, reconhece que o biquíni brasileiro tem importância internacional devido à qualidade do tecido e do acabamento. “Mas não conheço o biquíni brasileiro, pois no País não existem peças que servem em mim.”

Questionada sobre técnicas para sair bem nas fotos de biquíni, ela diz que o segredo é sentir-se bonita. “Quando você não está de bem consigo mesma ou confortável na sua própria pele, nada é fácil. Percebo, na hora, a foto de uma pessoa que não está se sentindo bonita, não dá para fingir. Se você está feliz com o seu próprio corpo, você ficará bem na foto mesmo fazendo careta ou posando descabela. Os únicos retoques necessários nas minhas fotos da Playboy foram para tirar os efeitos do calor, que chegava a 44º. Tivemos, por exemplo, que esconder a máscara para cílios que havia borrado e o mosquito que estava grudado no meu suor”, afirma a modelo.