Um ano depois de realizar o tradicional Prêmio de Música Brasileira sem nenhum patrocínio, contando somente com o prestígio da premiação – realizada há 24 edições ininterruptamente – e a ajuda de uma legião de amigos – atores, cantores, técnicos -, José Maurício Machline, seu idealizador, respira aliviado: a Vale se tornou patrocinadora da empreitada, e viabilizará uma grande festa, a ser realizada no dia 11 de agosto no Teatro Municipal do Rio. A homenageada deste ano será Dona Ivone Lara.
Machline e a Vale contam com a reabertura do teatro, em reforma desde outubro de 2008 (as obras deveriam ter sido concluídas há nove meses, para as comemorações de seu centenário, de acordo com a estimativa inicial). Não à toa. O Municipal é a casa do prêmio, 16 edições já foram realizadas em seu majestoso palco, calcula Machline.
Ainda não foram definidos os artistas que participarão da homenagem a Dona Ivone Lara. Segundo José Maurício Machline, a sambista, que fez 89 anos na terça-feira, ficou emocionada com o convite. “Eu telefonei e ela disse: ‘Vai ser como foi com a Clara Nunes ano passado?’ Depois se perguntou se iria estar viva até a cerimônia.”
O prêmio é o mais abrangente do País, e contempla categorias como samba, MPB, canção popular, instrumental e música regional, além da categoria pop/rock, agora mais completa: pop/rock/reggae/hip hop/funk. A premissa é que não se pode “deixar de lado nada que seja brasileiro”. Antes de escolherem, os jurados (músicos, críticos, produtores) vão avaliar mais de 300 produtos, entre CDs, DVDs e fonogramas.