Conhecida também por sua postura firma na defesa dos direitos humanos frente à Fundação José Saramago, a jornalista espanhola Pilar del Río cobrou, em coletiva de imprensa na Flip, de pensadores e intelectuais ideias para que a sociedade global consiga sair das crises em que se meteu. “De quem virão as ideias? Dos partidos políticos? Não, precisamos das universidades, dos pensadores, criadores, intelectuais, dos aristocratas da sociedade, que não são os que têm dinheiro, mas o que têm ideias”, comentou. “Os intelectuais capazes disso não podem ficar pensando no ‘gerúndio'”, ironizou.

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Pilar falou a jornalistas na manhã desta quinta-feira, 27. Ela participa de uma mesa na programação oficial nesta sexta-feira, 28, às 17h15, com mediação do escritor Alexandre Vidal Porto.

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Ela falou também sobre o trabalho da Fundação José Saramago. “Há milhões de seres humanos que são excluídos do presente e do futuro, e talvez tenha sido nós (pensadores e intelectuais) que permitimos que isso tenha acontecido. Talvez não tenhamos cumprido com nossa obrigação quanto ao futuro.” A Fundação tem um trabalho permanente de resgate da Declaração Universal de Deveres Humanos, proposta formulada por Saramago para o discurso do Prêmio Nobel, em 1998.

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Pilar está em Paraty também por conta da parceria com a Fundação Casa de Jorge Amado. Um livro, Jorge Amado e José Saramago – Com o Mar Por Meio, com a troca de cartas entre os dois foi lançado e uma Casa em Paraty foi montada para receber programação e celebrar a obra de ambos. “Fico muito feliz que esses dois autores, conhecidos por seu respeito à diversidade e às mulheres, tenham sido incluídos na programação institucional dessa Flip que relembra Lima Barreto”, comentou.