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Pós-emo de Jimmy Eat World faz o sol surgir entre as nuvens

No momento em que Jimmy Eat World subiu ao palco Skol, o principal do Lollapalooza Brasil, as nuvens carregadas impediam qualquer possibilidade do calor do sol ajudar a esquentar um início de tarde frio neste domingo, 26.

Mas isso durou pouco. A sorte estava mesmo do lado de Jim Adkins e companhia. A banda do Arizona, nos Estados Unidos, pouco precisou fazer para aquecer o público que, embora diminuto, já se reunia em frente ao espaço que, mais tarde, receberá Two Door Cinema Club e The Strokes.

Surgida antes da existência do movimento emo, ainda nos anos 90, mas amparada por adolescentes de coração partido de gosto por guitarras melodiosas e vocais dobrados, a banda envelheceu. São 24 anos de existência, afinal.

Os próprios adolescentes que seguiram a banda na década passada já venceram aquele sentimento de desolação e não-pertencimento típico da idade. Sobreviveram, ambos, fãs e banda. E celebraram a vitória neste domingo. Se as canções, por vezes, tem a melancolia como diretriz central, bateria, baixo e guitarra fazem o som da banda seguir em frente. E o público, a cantar.

O tempo nublado, no fim das contas, é só uma metáfora sobre a própria adolescência desses fãs que estiveram presentes no palco Skol. Ela, conturbada como deve ser, já passou. O sol está ali. Lindo e quente. Ainda bem.

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