Pontos altos e baixos do Rock in Rio

O gigantismo do Rock in Rio conseguiu firmar no mundo do show biz um dos maiores eventos de entretenimento do mundo. Em suas 13 edições no Brasil e na Europa, o festival reuniu até agora cerca de 7,1 milhões de espectadores – quase a população inteira da Bélgica. Deve chegar aos Estados Unidos em dois anos, em Las Vegas, numa associação com o Cirque du Soleil. E já confirmou a edição brasileira de 2015, quando completará 30 anos de existência.

Bruce Springsteen reinou soberano no Rock in Rio 2013. Misturando excelência musical com entrega e vibração, o Boss dominou a quinta edição do Rock in Rio no Brasil. Sua performance se junta a outros momentos históricos do festival, como o show do Queen em 1985; o do Guns N’ Roses em 1991; o de Neil Young em 2001; e o de Stevie Wonder em 2011.

Houve outros grandes momentos nesta edição do Rock in Rio, muitos deles fora do palco principal, como os encontros entre Ben Harper e Charlie Musselwhite e Zé Ramalho e Sepultura. E a confirmação de reputações, como Metallica e Iron Maiden. Mas ficou a sensação de que o critério comercial norteou as escolhas, que resultaram em apostas equivocadas de astros que não têm estatura para encarar 80 mil pessoas.

Outro problema é a repetição de elenco – cerca de 30% das atrações já tinham passado pela mostra. Para piorar, boa parte dos headliners não estava mostrando um show novo, mas os de carreira já batidos, como Justin Timberlake e Metallica. A falta de ineditismo cria uma certa frustração. O espaço dado para vácuos de criatividade como o grupo Jota Quest, e uma organização que não se cansa de reiterar que o foco é em ‘entretenimento’, não em música, deixa claro que a ganância está sobreposta à visão artística e ao incentivo de uma cultura musical contemporânea.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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