Polícia não tem pista de ladrões que balearam Bortolotto

Três dias após o dramaturgo Mário Bortolotto e o ilustrador Henrique Figueroa, conhecido por Carcarah, serem baleados dentro de um bar do Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, a polícia não tem pistas do paradeiro nem identificou nenhum dos quatro ladrões que participaram da tentativa do assalto. No sábado pela manhã, algumas horas depois da invasão dos criminosos no espaço, a direção do teatro havia entregue as fitas do circuito interno. As imagens mostram nitidamente a atuação dos suspeitos, principalmente do homem que atirou em Bortolotto, que continua internado em estado grave.

“Investigação não é matemática. Depende de um trabalho minucioso. São Paulo tem 11 milhões de habitantes. Por isso, os suspeitos podem estar na periferia ou já em algum lugar distante da cidade”, disse o delegado Francisco Magano, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Uma testemunha afirmou que o grupo teria praticado um assalto no mesmo dia na Rua Augusta. “Vamos prender o grupo. Contamos até com a colaboração das pessoas pelo Disque Denúncia (181)”, disse. “Com as imagens, esperamos identificar os ladrões. A imagem do atirador é nítida.”

Para o policial, os ladrões haviam planejado o assalto com antecedência. “Eles visavam principalmente aos clientes”, diz Magano. No caixa do bar, havia R$ 240. “Todo mundo sabe que a classe que frequenta nosso espaço é muito dura”, afirmou um fundador do Parlapatões, o produtor Hugo Possolo.

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