Luiz Felipe Leprevost lança na próxima segunda-feira o CD e o livro de poesias Fôlego, uma coletânea de 77 páginas publicada por conta própria, com tiragem de mil exemplares. O evento, que acontece na Arcádia Livraria (Rua 13 de Maio, 611) às 20h, terá ainda sessão de autógrafos e um pocket-show, em que Luiz Felipe apresenta os poemas musicados acompanhado por Troy Rossilho e Thomas d’Haese, com participação especial da cantora Grace Torres, do Grupo Fato.
No livro e no CD, o autor toma fôlego na terra, no solo e no meio em que vive, respirando-os para traduzi-los em palavras, sons e imagens. Ou como define o psicanalista, psiquiatra e poeta Edival Perrini no prefácio do livro – “… o trabalho é original quando nos remete às nossas próprias origens, a partir da apreensão do material original de seu autor. A possibilidade de recuperar o menino e a fonte-infância que todos carregamos é que abrirá o leque precioso das evocações, passaporte para gostar e `entender’ a poesia”. E acrescenta: “Enraizado na natureza humana, Fôlego não deixa de estar igualmente enraizado no social e nas manifestações importantes que ele desempenha sobre nós. O hino (ou seria uma ode?) à música brasileira, que é o epílogo do livro, é uma apoteose (brilhante) do jovem poeta que, coerente com suas origens, canta, homenageia e, sobretudo, requisita um olhar franco sobre a força de nossa música, sem deixar de alertar para as constantes poluições e ataques que ela diuturnamente sofre”.
Música que é outra ferramenta de Luiz Felipe Leprevost, que também é letrista e parceiro de compositores veteranos, como Gerson Bientinez, Henrique Rodrigues (o “Henricão do Jazz”), João Gilberto Tatara e Romano Nunes “Cabelo”, e da nova geração, como Troy Rossilho, Thomas d’Haese, Alexandre França, Thiago Menegassi, Eugênio Fim (do grupo Regra Quatro), Alexandre Nero e outros. Recentemente, Luiz Felipe teve seis letras incluídas no disco mais recente de Troy Rossilho, a ser lançado no próximo mês.
Essa identidade com a música levou o autor a produzir, ao lado de Grace Torres, que fez os arranjos e a direção musical, o CD Fôlego, que vem encartado no livro homônimo. Com a intenção de explorar a sonoridade e a oralização, bastante presentes na poesia de Luiz Felipe, o disco traz dois poemas musicados e apresenta uma fusão entre tecnologia e expressões musicais do cancioneiro da raiz popular brasileira. Para isso são utilizados samplers de músicas indígenas brasileiras, vozes nativas da América do Norte, músicas africanas e do folclore paranaense, catarinense, pernambucano, paulista, alagoano e gaúcho, entre outras localidades do Brasil.