Alfredo da Rocha Vianna Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1897. O apelido de Pixinguinha veio da junção de dois outros apelidos: Pizindim (pequeno bom) e bixiguinha (por ter tido a doença). E Pixinguinha morreu num 17 de fevereiro de 1973, há 32 anos!
Era o décimo quarto filho de uma família musical. Seu pai era músico e vários de seus irmãos também. Ainda novo começou a acompanhar seu pai, flautista, em bailes e festas, tocando cavaquinho. Aos 12 anos fez a sua primeira obra, o choro Lata de leite que foi inspirado nos chorões, músicos boêmios que depois de noitadas regadas a bebidas e música tinham o hábito de tomar o leite alheio que ficava nas portas das casas… Aos treze, passou a estudar o bombardino e a flauta. Aos 17 gravaou as suas primeiras composições: Rosa e Sofre porque quer. Em 1922, vai para o exterior com o grupo Os Oito Batutas e estende para seis meses sua turnê, marcada para durar somente um mês. Conhece a fama internacional.
Até este ponto, pode-se pensar que é um caminho natural de um músico aplicado. Mas Pixinguinha não foi somente um músico capaz. É reconhecido até hoje como um exímio flautista, talvez o maior que o País já teve, foi maestro, arranjador e intérprete. O primeiro maestro-arranjador a ser contratado em uma época em que a maioria dos músicos era amadora. Misturou sua formação erudita basicamente européia com os ritmos negros brasileiros e a música negra norte-americana. Deu uma guinada no som do Brasil! Trouxe um tempero, um sotaque nacional, marcou com classe e com estilo a nossa música.
Sua história se mistura com a própria história do rádio e da música nacional. É o grande mestre entre todos os outros grandes mestres que o Brasil já teve. Não é possível pensar em música nacional sem se curvar diante deste músico maravilhoso que morreu em 1973. O consolo que resta é saber que existem várias composições ainda inéditas, pedindo para ser mostradas. Que seja feita esta vontade: que se mostre Pixinguinha, porque Pixinguinha é atemporal.