Em Los Angeles, o próprio produtor Jerry Bruckheimer disse à reportagem que o quarto episódio da franquia “Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas” -, foi feito atendendo a um recado muito específico que o público lhe enviou. “Quando três filmes (a primeira trilogia com o Capitão Jack Sparrow) ultrapassam US$ 2,6 bilhões, seria um erro ignorar que o público se apaixonou pelo personagem e está disposto a continuar a segui-lo. O desafio é encontrar boas histórias para continuar contando. Não faria o filme, se não achasse que vale a pena. Seria como matar a galinha dos ovos de ouro.”
“Navegando em Águas Misteriosas” estreia amanhã em salas de todo o Brasil. Prefira a versão em 3-D e, naturalmente, a versão com legendas, para poder ouvir as vozes de Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane. O quarto filme introduz mudanças – saem de cena Orlando Bloom e Keyra Knightley e a trama diz agora respeito ao reencontro de Jack Sparrow com um a antiga amante, que ele abandonou. Angélica é filha do pirata Barba Negra. Quer proteger o pai, sempre envolvido com magia negra. E é ela quem arrasta Jack na busca da fonte da juventude.
A jornada é perigosa e inclui sereias, uma sequência tão prodigiosa que passa a ser, isoladamente – e de longe -, a melhor de toda a série, o que não significa que o quarto filme também seja o melhor. Jerry explicou a mudança de guarda, isso é, de diretor. “Gore Verbinski (que dirigiu os três primeiros filmes) estava empenhado num projeto pessoal, a animação Rango. Como, no limite, um filme de piratas depende muita da coreografia dos duelos, pensei que Rob Marshall (diretor dos musicais ‘Chicago’ e ‘Nove’) era o nome mais indicado para conduzir nossa nave.”
“Navegando” é menos engraçado do que os filmes precedentes da série, mas é sempre divertido ver um ator em pleno domínio de um papel. Na coletiva de “Piratas do Caribe 4”, em Los Angeles, Johnny Depp meio que se desculpou. Até estrelar o primeiro filme da franquia, ele era um ator cult, de filmes de prestígio que alcançavam, no máximo, um sucesso de estima. E, então, o primeiro “Piratas do Caribe” estourou. “Juro que não foi minha culpa, fiz tudo como sempre”, ele garante. Mas o público adorou o tom paródico da interpretação e ela terminou contaminando todo o filme, que virou um fenômeno. Muita coisa muda, mas não ele, no quarto filme. “Na verdade, o público não quer que Jack mude”, avalia o ator. “Mas ele é o pivô das mudanças à sua volta, e isso é o que importa.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
