“Como me sinto? Assim que voltar a sentir o meu cérebro, eu respondo!”, diz o romeno Daniel Ciobanu, de 24 anos. “Exausto, aliviado”, afirma o inglês Andreas Ioannides, de 29. “Sinto gratidão por ter estado aqui”, completa o coreano Joo Hyeon Park, de 28.

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Era sábado à tarde e os três haviam acabado de se apresentar ao lado da Sinfônica Brasileira, na final do Concurso Internacional BNDES de Piano. No corredor dos camarins do Teatro Municipal do Rio, andavam ao lado do maestro Roberto Tibiriçá. Ele, agora, estava mais calmo. “Eu e a orquestra tomamos muito cuidado, para ajudar os finalistas no que for possível”, diz. E tem um favorito? “Saí dos ensaios com um, mas depois do concerto mudou.” E se cala.

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O sinal toca, avisando que o júri, presidido por Elisso Virsaladze, chegou a uma decisão. O público volta aos seus lugares. Diretora do concurso, a pianista Lilian Barreto fala sobre o evento, na quinta edição. “É uma celebração do talento e da música, que perduram em um mundo em transformação”, explica, chamando atenção para o fato de que o evento também oferece bolsas de estudos a jovens pianistas brasileiros.

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Um deles, Lucas Tomazinho, é o primeiro a ser chamado ao palco, levou o prêmio de interpretação de música brasileira. O prêmio em homenagem a Alberto Ginastera vai para a russa Liza Kliuchereva. Joo Hyeon Park é o escolhido do público. E o júri? Ioannides em terceiro; Park em segundo; Ciobanu em primeiro, que leva para casa R$ 120 mil. Atrás do palco, fala à reportagem. Voltou a sentir o cérebro? “Tinha voltado, mas agora perdi contato de novo. Espero que o público tenha tido uma experiência tão rica e intensa quanto a minha.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.