Pianista Lang Lang sobe ao palco com Plácido Domingo

Aos 32 anos, o pianista chinês Lang Lang já lançou mais de duas dezenas de discos, foi embaixador da Unicef, criou projetos educacionais na Europa e Ásia, virou garoto-propaganda de grifes e marcas famosas, tocou em eventos esportivos e grandes arenas, assim como nas principais salas de concerto do mundo, tornou-se símbolo da presença cultural chinesa no Ocidente e encontrou tempo até para escrever uma precoce autobiografia. Se existem celebridades no mundo da música clássica, ele é com certeza uma delas – assim como o tenor espanhol Plácido Domingo, com quem ele sobe ao palco nesta sexta-feira, 11, no Rio, para um concerto em comemoração pela Copa do Mundo, do qual vai participar também a Orquestra Sinfônica Brasileira regida por Eugene Kohn e a cantora brasileira Paula Fernandes.

Nos últimos anos, no entanto, Lang Lang vem tentando mostrar que tem mais do que uma bela técnica e um plano de marketing a oferecer. Seu repertório tem se ampliado – e esse movimento sugere a busca por peças que permitam a ele demonstrar novas camadas de musicalidade, distante da pirotecnia de gravações do início da carreira. Ele acaba de registrar, por exemplo, obras de Richard Strauss e Mozart (com o maestro Nikolaus Harnoncourt, um dos maiores especialistas na obra do compositor). E tem voltado também a Bach e Beethoven. “No começo da sua relação com a música, quando se é muito jovem, você aprende Bach, Mozart, Beethoven, mas não consegue entender a conexão entre eles, o significado de suas músicas”, diz ele, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo concedida na tarde de dessa quinta-feira, 10, em um hotel de São Conrado. “E por isso é muito estimulante revisitar este repertório nessa fase da minha carreira.”

Nascido no interior da China em junho de 1982, Lang Lang mudou-se para Pequim para realizar seus estudos, que completaria mais tarde nos EUA. Diz que sempre se imaginou ligado à música, mesmo nos momentos mais difíceis, quando a pressão de seu pai, como conta em sua autobiografia, era quase intolerável. “Minha relação com o passado é tranquila. Ele é importante para mim. Quando olhamos para trás, descobrimos erros, acertos e um pouco do que somos. É assim com minhas gravações também. Mesmo que eu não goste de algo que fiz, preciso ouvir e partir dali em direção a outro caminho”, explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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