Peça Parasitas inicia temporada no Cleon Jacques

A partir desta quinta-feira (6), entra em cartaz no Teatro Cleon Jacques, unidade da Prefeitura, a peça Parasitas, do dramaturgo alemão Marius von Mayenburg, sob a direção de Henrique Saidel. O espetáculo da Companhia Silenciosa foi selecionado pelo edital de Difusão em Teatro e Circo da Fundação Cultural de Curitiba, dentro do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Prefeitura de Curitiba e com recursos do Fundo Municipal da Cultura. A peça terá sessões de quinta-feira a domingo, às 20h. O ingresso deve ser trocado na bilheteria do teatro por uma lata de leite em pó.

Traduzido para o português por Christine Röhrig, o texto da montagem conta a história de um jovem paraplégico, sua esposa e o velho que o atropelou. Personagens que se enfrentam num jogo de relações no qual o objetivo maior é a destruição, o aniquilamento, o sofrimento do outro como forma de validação do próprio sentimento. O confronto construído em Parasitas pelo dramaturgo alemão Marius von Mayenburg é refinado pela Companhia Silenciosa, que propõe o cenário e as regras de uma cena plural e ácida. No palco, atores brasileiros materializam o pensamento e o texto alemão, numa mistura efervescente.

A direção geral de Parasitas está a cargo de Henrique Saidel e o elenco reúne os atores Wagner Correa, Giorgia Conceição, Angelo Cruz, Ana Ferreira e Nina Rosa Sá. A sonoplastia é de Léo Glück, que também responde pela maquiagem. Os figurinos foram criados por Giorgia Conceição. A iluminação é de Fábia Regina, iluminadora indicada ao troféu Gralha Azul 2005, na categoria Melhor Iluminação, pelo espetáculo "Não Me Deixe Mentir", de Sueli Araújo.

O autor –

Em 1997, Mayenburg escreveu "Monsterdämmerung" e "Feuergesicht", com esse último texto ganhou o prêmio "Kleist" e o prêmio da Fundação dos Autores de Frankfurt. Em 1998 escreveu "Psychopaten" e, em 1999, "Parasiten" (Parasitas), que teve estréia em maio de 2000, na Deutsches Schauspielhaus de Hamburgo, com encenação de Thomas Ostermeier. Desde 1999, Mayenburg trabalha com Ostermeier, na Schaubühne de Berlim, como dramaturgo residente, tradutor e co-diretor.

O grupo

Nos últimos cinco anos, a Companhia Silenciosa participou de diversos eventos importantes no cenário teatral estadual e nacional, entre eles o Festival de Teatro de Curitiba, Ciclo de Leituras Amigos dos Amigos (com o texto Open House, de Daniel Veronese), Ciclo de Dramaturgia Novas Leituras do Centro Cultural Teatro Guaíra (com o texto Parasitas, de Marius von Mayenburg), I Mostra Cena Breve Curitiba/Caixa Econômica Federal (com o espetáculo Rebecca, de Léo Glück), Coletiva de Teatro 2006 no Ateliê de Criação Teatral (com o espetáculo Parasitas), II Mostra Cena Breve Curitiba/Caixa Econômica Federal (com a cena Mecânica, de Giorgia Conceição), Mostra Novos Repertórios, dentro do Festival de Teatro de Curitiba (com o espetáculo Mecânica – do tropical ao radical, de Giorgia Conceição).

Serviço: Peça Parasitas, de Marius von Mayenburg, encenada pela Companhia Silenciosa, sob a direção de Henrique Saidel
Data: de 6 a 16 de setembro, de quinta-feira a domingo, às 20h
Local: Teatro Cleon Jacques – Centro de Criatividade de Curitiba (Rua Mateus Leme, 4.700 – Parque São Lourenço)
Ingresso: 1 lata de leite em pó
Classificação indicativa: 14 anos

– a Companhia Silenciosa, que responde pela montagem de Parasitas, tem uma linha de pesquisa e produção que transita pela área das artes cênicas contemporâneas. As principais vertentes temáticas nos trabalhos da companhia são a ironia, a territorialidade, a infiltração e a presença. Outra característica relevante do grupo é o flerte com linguagens artísticas diversas, como artes visuais, performance e dança.Marius von Mayenburg nasceu em Munique (Alemanha), em 1972, e estudou Alemão Antigo até se mudar para Berlim, em 1992. Em 1994, ingressou na Academia de Belas Artes de Berlim, onde estudou escrita dramática com Yaak Karsunke e Tankred Dorst. No ano seguinte integrou a equipe artística de Thomas Ostermeier, no Baracke do Deustsches Theatre, em Berlim. Também em 1995 escreveu "Haarmann", seguido por "Messerhelden" e "Fräulein Danzer" (1996).

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