A dificuldade em se auto perdoar é o tema central da peça O farol, em cartaz em Curitiba. A peça retrata histórias em diferentes tempos, mas com um tema atual e que propicia uma intensa reflexão ao público.
Segundo o diretor Rodrigo D’Oliveira, as pessoas têm mais facilidade em perdoar os outros do que se auto perdoar. “Punir-se acaba sendo mais relevante do que perdoar a si mesmo. As pessoas têm aquela tendência em criar enormes problemas e em pequenas coisas. Uma frase dita sem querer ou uma ação sem pensar podem trazer consequências para o resto da vida – e em outras também”.
A peça O farol começa com a história, por volta do ano de 1400, de uma duquesa francesa que viveu um conflito sentimental. Briga com o homem que ama e este diz que nunca mais vai voltar. Ela envelhece amargurada e ainda prejudica as vidas de outras mulheres.
“A duquesa mandava para a guerra todos os homens que estavam prestes a se casar com alguma mulher”, conta D’Oliveira. A personagem desencarna e vai até o farol onde conheceu o amor de sua vida.
O espetáculo retrata três reencarnações, com direção aos dias atuais. Mas o diretor ressalta que a peça não possui quaisquer conotações religiosas. “Acaba sendo uma viagem no tempo, dentro de cada um. É uma reflexão muito grande. Não tem como ver sem se identificar com o que está sendo retratado”, garante D’Oliveira. O autor do texto é Andrey Cechelero.
Serviço
Espetáculo O farol, em cartaz até o dia 27 de setembro no Teatro Rodrigo D’Oliveira (Rua Carlos de Carvalho, 418). Sessões aos sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Ingressos a R$ 20. Mais informações: (41) 3223-2205.