Acontece nesta quarta-feira, 13, no Teatro Municipal de São Paulo, às 21 horas, uma sessão especial de O Burguês Fidalgo. Encenada pelos Parlapatões, a peça já cumpriu temporada na cidade, mas retorna agora com um intuito especial: arrecadar renda para a Sbat – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Às vésperas de seu centenário, que ocorre em 2017, a instituição enfrenta uma das mais graves crises de sua história. Em março, o diretor Aderbal Freire-Filho, que dirigia o conselho de notáveis responsável pela instituição, veio a público relatar o quadro de penúria em que se encontra a sociedade: dívidas de mais de R$ 8 milhões e um passivo trabalhista. O próprio Freire-Filho já gastou mais de R$ 100 mil do próprio bolso e teve sua conta bancária bloqueada pela justiça. “Mas é um absurdo uma instituição como essa acabar”, considera o diretor. “Estamos trabalhando com a classe pela renovação da sociedade, renegociando as dívidas trabalhistas e com um projeto tramitando no Congresso pelo perdão da dívida tributária.”
“A apresentação de O Burguês Fidalgo deve ser apenas a primeira de uma série de outras ações da classe”, diz Hugo Possolo, dos Parlapatões. Além de Possolo, outros artistas paulistas estão engajados na recuperação da Sbat e criaram um grupo de trabalho. Entre eles, estão Ivam Cabral, diretor dos Satyros, e a dramaturga Marici Salomão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.