O arquiteto Paulo Mendes da Rocha receberá o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza pelo conjunto de sua obra. É a primeira vez que um brasileiro é homenageado com o principal prêmio do evento italiano, que está em sua 15ª edição. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 6, e a entrega do prêmio ocorrerá em 28 de maio, no Palazzo Giustinian, na cidade italiana.

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De acordo com o comunicado, “cada um de seus projetos tem resistido ao teste do tempo, tanto estilisticamente quanto fisicamente”. Paulo Mendes da Rocha, de 88 anos, também foi elogiado como um modelo para gerações de arquitetos do Brasil e da América Latina. O arquiteto já foi homenageado com o Prêmio Mies van der Rohe em 2000 e com o Pritzker, considerado o “Nobel” da arquitetura, em 2006.

O Leão de Ouro para Paulo Mendes da Rocha foi uma recomendação do arquiteto chileno Alejandro Aravena, curador da 15.ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a ser inaugurada na Itália no dia 28. Sob o título Reporting from the Front, a edição da mostra ficará em cartaz até 27 de novembro.

“O atributo mais impressionante de sua arquitetura é sua atemporalidade. Muitas décadas depois de construídos, cada um de seus projetos tem resistido ao teste do tempo, tanto estilisticamente quanto fisicamente. Sua consistência surpreendente talvez seja consequência de sua integridade ideológica e seu gênio estrutural. Ele é um desafiador não conformista e, simultaneamente, um realista apaixonado”, anunciaram os organizadores da Bienal de Veneza. “Seus campos de interesse estão além da arquitetura, nos reinos político, social, histórico e técnico”, segundo o anúncio do Leão de Ouro.

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Nascido em Vitória (ES), Paulo Mendes da Rocha projetou o Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) e foi responsável pela reforma do edifício da Pinacoteca do Estado de São Paulo, obra pela qual recebeu o Prêmio Mies van der Rohe. O arquiteto, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo desde 1959, a convite de Vilanova Artigas (1915-1985), também representou o Brasil na 7.ª Bienal de Arquitetura de Veneza em 2000.