Paulo Coelho promete ser a estrela do primeiro dia da Feira do Livro de Frankfurt. Depois de se recusar a integrar a delegação brasileira de 70 escritores que veio no ano passado, quando o País era o homenageado (Coelho alegou que a literatura nacional não estava devidamente representada), o autor de O Alquimista chega como convidado especial de Jürgen Boos, diretor da feira, e com ele terá uma concorrida conversa no final da tarde (final da manhã no Brasil) desta quarta-feira, 8.
Eles vão debater sobre a origem de um romance. Boos vai questionar Coelho sobre a perenidade das obras (como O Alquimista será recebido daqui a cem anos?) e também sobre tecnologia – reconhecido por manter um contato direto com seus leitores na internet, o escritor brasileiro mais bem sucedido em vendas de livros falará sobre os benefícios desse relacionamento e o que acredita ser o melhor caminho para um autor manter a proximidade com seu público, independente do formato da obra (em papel ou digital).
Boos e Coelho são amigos fraternos. No ano passado, ao saber que o brasileiro não viria para feira justamente quando o Brasil era o homenageado, o diretor alemão conversou com ele por telefone e acertaram a vinda em 2014. Além da amizade, o sucesso de Coelho (já foram vendidas mais de 165 milhões de cópias no mundo de O Alquimista) é bem vindo a uma feira de negócios editoriais.
Depois do encontro, que deverá durar uma hora, Coelho participa de um coquetel e depois é convidado para um jantar com Boos. Nesta quinta, 9, ele pretende assistir na feira a uma conversa mediada por Wolfgang Herles, jornalista e escritor alemão de quem é amigo.