Paul McCartney admitiu que experimentou heroína na juventude, afirmando ter sido “muito afortunado” por não se viciar nessa droga. “Tomei heroína uma ocasião, sem sabê-lo. Sinto que tive muita sorte por não ter gostado de ir por esse caminho”, declarou o cantor numa entrevista à revista britânica “Uncut”.
Além disso, o músico disse ter usado cocaína por um ano: “Mas larguei porque não queria ficar louco”. McCartney, de 62 anos, revelou que tomava drogas com os outros Beatles, “para experimentar criativamente na música”.
“Naquela época, todos tomavam drogas, de um jeito ou de outro, e nós não éramos diferentes. Mas só na gravação de ?Sergeant Pepper? nós usamos dentro do estúdio, antes só tomávamos drogas ?socialmente?”, declarou.
O compositor também falou de seu afeto pelo músico e amigo John Lennon e da crise nervosa que sofreu após a separação dos Beatles. “John era uma pessoa muito insegura. Tinha esse problema de infância, pois seu pai abandonou a família quando ele tinha cinco anos. Além disso, nós dois perdemos nossas mães, tínhamos muita coisa em comum”.
Sobre a dissolução dos Beatles, o cantor revelou que “estive muito perto de um ataque de nervos”, e acrescentou: “Estive a ponto de deixar a música para sempre”. “Foram dez anos de inferno. Pensei seriamente em deixar a música, tomava muito álcool. Foi um tempo muito difícil”, comentou.