Imagine-se no lugar dele: aos 20 anos, você é o vocalista de uma banda, grava discos, começa a fazer sucesso, ganhar dinheiro. Quando tudo parece perfeito, é demitido – ou resolve sair, as versões divergem. A banda vira ícone mundial, vende mais de 80 milhões de discos e você é obrigado a sobreviver à margem de tudo isso.
Deve ser difícil ser Paul Di’Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden. Mesmo diante de tudo isso, Di’Anno é persistente. Depois de ter gravado os álbuns Iron Maiden (1980) e Killers (1981), com sucessos cantados até hoje pelo carismático vocalista Bruce Dickinson, como “Phantom of the Opera” e “Wrathchild”, o vocalista embarcou em outros sete projetos de banda, ganhou alguns quilinhos, perdeu cabelo e lançou uma biografia.
Mas a sombra da Donzela de Ferro, como a banda é chamada, sempre foi grande. Di’Anno nunca pareceu se incomodar muito. Aliás, ser o primeiro vocalista do Iron Maiden dá muita credibilidade na praça. Em 2010, comemora-se 30 anos do lançamento do primeiro disco do Maiden. Como homenagem – e para ganhar uns trocados -, Di’Anno entrou em turnê pelo mundo tocando o disco na íntegra. Depois de passar por Estados Unidos, Europa e Austrália, o cantor está no Brasil – onde morou por 11 anos, em São Paulo – desde agosto. Serão 20 shows em 33 dias. Na quinta-feira (2/9), ele se apresenta no Manifesto Bar, em São Paulo, lugar de veia roqueira, com exposição de guitarras de outras bandas de heavy metal, como Metallica e Kiss. As informações são do Jornal da Tarde.
Paul Di’Anno – Manifesto Bar (R. Iguatemi, 36, Itaim Bibi). Tel.: (011) 3168-9595. Na quinta-feira, às 20h. R$ 60.