Patricia Arquette, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por Boyhood, manteve sua defesa pela mulher ao falar com os jornalistas depois de premiada. Especialmente as atrizes: “Igualdade significa igualdade, mas, quanto mais velha uma mulher fica, menos chance ela tem de ganhar um bom salário”, disse. E continuou: “É indesculpável que se discuta o direito da mulher em outros países e aqui, nos EUA, não seja o mesmo.”

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Patricia lembrou que, quando foi escrita a constituição americana, as mulheres não participaram, “mesmo elas terem brigado muito por isso”. A atriz foi aplaudida na sala de imprensa.

“A arte é uma paixão que conduz teus passos independente dos resultados”, disse o ator J. K. Simons, estatueta nas mãos, em entrevista a cerca de 300 jornalistas, depois de seu nome ser anunciado como melhor coadjuvante do ano, por Whiplash. A declaração era uma forma de justificar os atos violentos que seu personagem não pensa duas vezes em adotar para conseguir o mais alto ponto grau da arte.

O ator, que então minimizou seu discurso favorável à paternidade, como fizera no palco (“Às vezes, sem roteiro, eu falo demais”), lembrou que o diretor Damien Chazelle foi corajoso ao transformar aspectos de sua vida em ficção. “O que ele conseguiu foi mostrar 42 personagens em pessoas que existem fora da tela.”

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Simons contou que, quando estava na faculdade, leu um livro do poeta Rilke, Carta a um Jovem Poeta, que o incentivou. “Descobri que, se você se empenhar em um esforço artístico, descobre que há algo a mais que deve ser feito. Esse é o espírito de Whiplash.”

Já Pawel Pawlikowski, diretor de Ida, primeiro filme polonês a ganhar a estatueta de produção estrangeira depois de nove indicações, disse que o prêmio deverá incentivar a produção em seu país. “Ida é ousado por usar o preto e branco, por conter muitos silêncios. Agora, com esse Oscar, acredito que meus colegas vão correr mais riscos”, disse ele, que não ficou contente com a relação de seu filme com o

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holocausto.

“Desde sempre, minha intenção era contar uma história com personagens complexos e sua perda de fé. Não tem relação com guerra e judaísmo, mas com stalinismo e até jazz e rock”, observou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.