Depois de dezessete anos, a convite da minha filha Noemi, voltei a Pernambuco.
Ficamos sediados em Olinda. Muita coisa para ver, rever e aprender. Infelizmente tivemos poucos dias para fazer todos passeios que queríamos.
A vegetação é maravilhosa devido ao clima úmido e quente. E o povo gosta, cuida e curte… As ruas são ajardinadas, o arvoredo diferente! Suas casas centenárias, tanto em Olinda como em Recife, encantam.
Das obras do Brennan só pudemos vislumbrar, de longe, o que o povo apelidou de ?o pinto do Brennan?. É um prédio alto localizado no marco zero de Recife. Ele é todo revestido com placas de cerâmica.
Visitamos novamente o Centro Cultural, antigo presídio Frei Caneca. Cada cela foi transformada em loja onde vendem artesanato. Ali foi fuzilado Frei Caneca…
De Olinda até Caruaru são cento e treze quilômetros de estrada bem pavimentada.
A famosa feira de Caruaru cresceu bastante. São centenas de barracas vendendo artigos industrializados e artesanato.
?Cuidado com as canelas.? Eram homens puxando carrinhos com pesados fardos, alertando as pessoas da sua proximidade…
Em meio a tanta coisa, vimos em uma barraca um quadrinho emoldurado com a frase: ?Peido é como filho, cada qual agüenta o seu?.
A chamada área rural está toda urbanizada, é onde está o campus da Faculdade de Ciências Biológicas. Naquela área preservada visitamos o Museu Magdalena e Gilberto Freire.
Na véspera de nosso regresso, viajamos até Paulista, onde passamos uma tarde agradável na praia de Nova Cruz, perto de Maria Farinha. O litoral é lindíssimo. Não é pra menos que é chamado ?Costa dourada.?
Entre os passeios e os devaneios, precisei, algumas vezes, evocar a ?mulher maravilha? para medir forças com ?o homem-aranha?. (Meu bisneto Uirá de cinco anos.)
Hoje na minha cama, procuro me refazer da canseira e de uma baita gripe. O pique já não é o mesmo.
Margarita Wasserman – Escritora e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.