Papa se rende à Paixão de Mel Gibson

Com estréia prevista para fevereiro, The Passion, a versão de Mel Gibson para a Paixão de Cristo, vai se firmando como a produção mais polêmica dos últimos tempos. Enquanto judeus o acusam de anti-semitismo, por mostrar as autoridades judaicas da época como amplamente responsáveis pela morte de Cristo, católicos e outros grupos cristãos, bem como estudiosos da Bíblia, defendem o filme, dizendo que Gibson relata com fidelidade a crucificação de Cristo contada no Novo Testamento.

Este último grupo ganhou um reforço importante esta semana: o papa João Paulo II assistiu ao filme e teria se emocionado, conforme disse uma fonte do Vaticano nesta quinta-feira. O pontífice teria visto The Passion junto com o seu secretário, o arcebispo Stanislaw Dziwisz, há cerca de dez dias.

?É como foi? – teria afirmado o papa ao secretário, segundo a fonte, significando que João Paulo II considera o filme uma representação autêntica das últimas horas da vida de Cristo. A produção tem sido exibida para audiências seletas de religiosos em sessões privadas nas últimas semanas. Segundo a fonte, o papa assistiu ao filme em seus aposentos no Vaticano.

Do bolso

O ator e diretor Mel Gibson gastou entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões do próprio bolso para realizar o filme. Mas apesar de seu status de estrela laureada com o Oscar, os principais estúdios de Hollywood não se interessaram em distribuir o filme por causa da polêmica que o cerca. Baseado em narrativas gospel, o filme contém diálogos em latim, hebraico e aramaico, idioma falado na antiga Palestina. Gibson é membro de um grupo tradicionalista católico romano que rejeita algumas das reformas do Segundo Conselho do Vaticano, e ainda realiza missas em latim.

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