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Pablo Oazen vence disputa da 2ª temporada do MasterChef Profissionais

Francisco Pinheiro e Pablo Oazen disputaram a final da segunda temporada do MasterChef Profissionais na noite desta terça-feira, 5, na Band. E quem se sobressaiu na cozinha foi Pablo, que faturou o troféu da competição, uma viagem para Dubai e mais R$ 200 mil.

O mineiro de Juiz de Fora despontou como um dos favoritos ao prêmio quando fez Paola Carosella “queimar a língua”. Antes mesmo de provar o arroz doce caccio e pepe com crumble de cardamomo negro preparado pelo competidor, a jurada deu como certa a sua eliminação, já que, para ela, a combinação de ingredientes não fazia o menor sentido. “Se eu pudesse pegar todas as palavras que eu falei, eu deveria engoli-las e morrer afogada, porque é uma das melhores sobremesas que eu já comi em minha vida”, disse ela na ocasião.

O elogio da argentina não só o colocou entre os favoritos como também aumentou a popularidade de seu restaurante em Juiz de Fora. “Outubro eu paguei o meu aluguel no restaurante vendendo arroz doce”, disse.

Pablo conversou com a imprensa logo após conquistar o título do segundo MasterChef Profissionais. Confira alguns trechos:

O que você acha que te fez ganhar essa competição?

No meu menu pode ter sido a sobremesa. Aquele nhoque… eu fiquei pensando em casa: “que merda que eu fui fazer, sem testar. Uma porcaria mesmo”. E depois eu pensei que não poderia errar.

Você já tinha feito estas receitas antes do programa?

As técnicas, sim. Receita, nenhuma. Eles pediram para fazermos receitas que nunca tivéssemos preparado. Era tudo muito novo.

E qual foi o momento mais difícil no programa?

O segundo episódio, que eu quase rodei. Fiquei pensando: “O que eu estou fazendo aqui? Será que fiz certo de entrar?”, mas depois foi indo.

Você achou a final justa ou acredita que você deveria ter ido com outra pessoa?

Super justa. As eliminações foram muito sensatas. Existem torcidas, é normal, mas é uma competição de culinária. Acho que tinham muitos que poderiam estar aqui no nosso lugar. O Ravi, por exemplo, é um cara que cozinha muito e é muito técnico. A Raíssa tem pouca experiência, mas também tem muita técnica. São poucas provas, e se a pessoa dá sorte em algumas delas, ela chega aqui (na final). É um conjunto de tudo, de estar preparado e de ter sorte.

E como é sua relação com o Francisco?

A gente é muito amigo, e todo mundo ficou muito amigo nessa competição. E o Brasil precisa disso na gastronomia. A gente precisando que os chefs brasileiros valorizarem os chefs brasileiros. E a gente só vai evoluir se a gente se unir.

Quais foram os pratos que mais te orgulharam?

O arroz doce. Em outubro eu paguei o meu aluguel do restaurante vendendo arroz doce lá em Juiz de Fora. E o canelone de maçã verde com ostra, um prato que eu nunca tinha feito e foi uma sacada rápida. Era um prato tecnicamente simples, e eu pude ajudar os outros colegas. E também os pratos da final.

Nos pratos você valorizou os ingredientes brasileiros. Havia programado isso para a final?

Aqui no MasterChef nada tem antecedência, é tudo em cima da hora. Mas a gente tem experiência, tem um trabalho feito antes. Eu não tive que criar pratos, peguei técnicas de algumas coisas que já tinha feito e fui juntando. Com relação aos ingredientes brasileiros, acredito muito nisso, mas não acredito numa cozinha genuinamente brasileira. Somos um País de imigrantes e temos que usar bastante a parte eclética.

Quanto tempo vocês ficaram na cozinha para gravar esta final?

Foram dois dias. No primeiro foram só as entradas, e no segundo foram prato principal e sobremesa. A gente ficou umas 5 horas aqui dentro.

Chegou a dar algum branco nessa hora?

Sempre. O nhoque, por exemplo, depois que eu olhei eu falei “que merda que eu fiz?”. Fazer um nhoque, descascar uma batata e cozinhar no leite como se estivesse fazendo um purê? O certo seria cozinhar ela com casca ou botar no forno para assar. O MasterChef é isso. Nenhum dos competidores saiu porque era fraco. É totalmente diferente cozinhar aqui e na sua própria cozinha.

Quem daqui você contrataria para trabalhar no seu restaurante?

Todo mundo. Cada tem seu estilo, mas todo mundo é muito talentoso.

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