‘Ouro Negro’ leva história do petróleo aos cinemas

Conseguir salas de exibições para filmes brasileiros no País ainda não é fácil. Nem quando o tema é a história do petróleo e conta com apoio da Petrobras e copatrocínio da Eletrobrás.

Foi o que aconteceu com “Ouro Negro”. Filmado em 2005, com estreia prevista para semana passada, ele finalmente chega às telonas hoje. Segundo a distribuidora, o prazo foi adiado porque não havia salas disponíveis.

O longa de Isa Albuquerque toma como ponto de partida a história real do geólogo e médico de origem alemã José Bach, que veio ao Brasil no início do século 20 disposto a explorar petróleo, para narrar uma história fictícia sobre a ferrenha disputa entre poder público e iniciativa privada pelo ouro negro.

A trama se passa em Alagoas e no Rio de Janeiro. Depois da morte de Bach, seus dois filhos dão sequência à luta do pai. E encontram pela frente o poderio do governo Getúlio Vargas.

Mas o que se vê na tela é um desfile de frases ufanistas e passionais sobre o Brasil. A forma como é conduzido mostra os “estrangeiros” como os vilões e o governo ditatorial como o responsável por salvar o País do assalto das grandes empresas petrolíferas.

O momento para as filmagens foi propício. Em 2006, o Brasil anunciou a autossuficiência em petróleo e, logo depois, as imensas reservas do pré-sal. Para Danton Mello, que faz o filho João, foi uma coincidência agradável. “Tanto se fala do pré-sal, mas sabemos como isso começou?”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna