Sabe aquela fatia do pão de forma que a maioria costuma desprezar? É ela que inspira Osmar, A Primeira Fatia do Pão, série nacional que acaba de chegar ao Gloob, canal infantil da Globosat. Com dublagem de Marcius Melhem e Leandro Hassum, a produção soma 26 episódios de 11 minutos e já tem roteiros em desenvolvimento para uma segunda temporada, além de um filme a caminho para 2015.
Osmar nasceu pelas mãos da produtora 44 Toons, tendo como “pai” o produtor Alê McHaddo. Mas, como uma espécie de Benjamin Button, aquele sujeito que retrocedia na idade, Osmar chegou à tela mais novo do que era no papel, quando foi criado. “O projeto original tinha um humor bem mais ácido”, conta a gerente de conteúdo e programação do Gloob, Paula Taborda dos Guaranys. “Quando Alê e eu conversamos, surgiu a vontade de trazer o Osmar para o Gloob. Para isso, foi necessário fazer algumas adaptações para atender o nosso target, crianças de 5 a 9 anos”, completa Paula.
Osmar nasceu da publicação em revistas de faculdade, lá por 2008. Virou piloto (programa teste), concorreu em edital de curta-metragem para a Petrobrás, foi inscrito no MipJr. (feira de audiovisual infantil em Cannes), e acabou ganhando. A TV Cultura, que ainda não tem data para exibir o programa, comprou a primeira licença da série, que recebeu verba pública do Fundo Setorial de Audiovisual (FSA). Mas, assim que o Gloob entrou no páreo, o personagem, antes voltado a crianças de 11 a 14 anos, fez uma ligeira regressão de idade.
“Fizemos uma adequação da série para a família”, fala Alê. “A pretensão é que os pais possam assistir e se divertir e as crianças também. A gente manteve piadas e momentos que funcionam para um ponto mais velho”, diz o produtor.
O enredo tem a preocupação de ser “global, sendo local”. Assim, os personagens do café da manhã prezam pela mesa brasileira. Steve, uma baguete, dublada por Hassum, é o melhor amigo de Osmar, dublado por Melhem. O pão de queijo também está lá, mas o menu dispensa ovos com bacon.
As aventuras buscam plano mais universal, o que se consumou pela parceria com um estúdio em Nova York. “A gente escrevia aqui, traduzia, mandava pra eles e eles faziam sugestões de novas piadas”, lembra Alê.
Programa infantil que se preze tem que dar atenção à música, e Osmar extrapola o áudio para inserir o assunto em cena. O programa mescla jazz, bossa, música cigana e instrumentos de sopro. “É uma biblioteca de música criada pro Osmar e uma biblioteca de efeitos sonoros, como o som da torradeira ou do pão sendo cortado”, fala Alê.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.