Mudando um pouco a letra de Vital e Sua Moto, podemos dizer que, sim, ‘Os Paralamas do Sucesso vão tocar na capital’. É nesse clima, de muita nostalgia, que uma das principais bandas de rock nacional se apresenta amanhã em Curitiba. O show promete fazer o público do Teatro Guaíra cantar do começo ao fim, já que, pela própria ideia, vai trazer só os grandes sucessos: dos antigos aos mais atuais.
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À Tribuna do Paraná, João Barone, o baterista, comentou que a banda se uniu para definir o repertório. “Esse formato que encontramos do show atual é derivativo da turnê de lançamento do álbum Sinais do Sim, o último que lançamos, então estamos com ele bem ajeitado, dinâmico e com uma ordem que permite juntar os sucessos com músicas não tão conhecidas, mas que fãs de carteirinha conhecem, temos variado bastante esse show”.
Segundo o músico, apesar de ser um trabalho complicado, escolher as músicas entre os sucessos acaba sendo também um exercício. “Sempre buscamos trazer, pelo menos, alguma coisa do novo projeto, mas no fim é um dilema realmente muito prazeroso, porque de tempos em tempos a gente reorganiza o nosso repertório para fazer algo saudável, de criar climas com as músicas ao longo de uma apresentação. Mas tem músicas que a gente tem que necessariamente incluir no repertório porque a gente sabe que a maioria do público está indo lá para ouvi-las”.
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Além de ser um setlist com possibilidades de mudança, a surpresa também fica com o BIS, que é uma parte que a banda tem aproveitado bastante para testar o público. “Temos deixado algumas músicas coringas para tocar, mas variamos essas músicas e acaba sendo um exercício muito legal de surpreender a plateia e também a gente, porque acabamos tocando músicas que não tocávamos há muito tempo, tipo Pólvora, Romance Ideal, enfim, temos um monte de coringas para acrescentar ao bis e isso tá sendo divertido”.
Há quase 40 anos na estrada, podemos dizer que os músicos do Paralamas encontraram uma maturidade tão grande, que o que buscam é agradar o público. Pensando nisso, João Barone disse ser contra essa coisa de artistas pedirem para não filmar nada com o celular para aproveitar mais o show. “Acho isso uma grande balela, afinal estamos numa época em que todo mundo quer guardar uma lembrança. Se ela quer eternizar o momento, deve eternizar. Junto disso, em todos os shows que temos feito, na hora que a galera acende a luz do celular e o espaço fica todo iluminado, tem sua beleza e é um momento incrível”.
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Defensor do rock, o baterista do Paralamas disse que, assim como seus parceiros de banda, acredita que o gênero não morreu. “Ele está onde sempre esteve. O rock tem um público fiel, certeiro e que está sempre disposto a consumir os artistas, as bandas consagradas e ainda dar espaço aos novos. O que mudou hoje em dia é que nós temos que buscar pelos novos conteúdos, já que antes isso tudo chegava até nós. Temos que nos permitir buscar”.
Uma prova de que o rock está vivo e vai bem é o festival Prime Rock Brasil, que foi criado em Curitiba, fez sucesso no ano passado e conseguiu ir além do Paraná. “Fomos convidados a fazer parte da escalação da edição do festival em Recife, agora em agosto. Essa é a prova de que o rock vive. E fazer parte dessa conquista, de um festival que está se tornando um evento consagrado, partindo de Curitiba, é ainda mais legal ver acontecer”.
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