Os artistas e suas histórias

O Centro Cultural Brasil-Espanha abre hoje a exposição Histórias de Artistas, com obras de Almir Silva, Ângela Cristina Diana, Ely Felber e Marco de Oliveira. “Todo artista plástico sempre tem uma história para contar”, traduz o curador da instituição, Luiz Arthur Montes Ribeiro. “Foi assim que surgiu o nome da mostra, pois quando eu estava selecionando os trabalhos, os quatro imediatamente contaram as pequenas-grandes histórias dos trabalhos que me apresentavam.”

Pela convergência temática, a exposição fala da mulher – seja uma boneca, uma prostituta, uma miss ou a própria artista enclausurada numa caixa. “Foi mero acaso. Os quatro artistas falam, escrevem, fazem e fabricam suas próprias mulheres, sempre de maneira peculiar e intrigante”, observa o curador.

O paulista radicado em Curitiba Almir Silva usa o papier maché para recriar as “mulheres da sua infância”, morenas de bocas e seios fartos, coxas carnudas e posições quase inocentes, que evocavam os sonhos e poluções noturnas da sua adolescência.

A londrinense Ângela Cristina Diana prefere enclausurar-se a si e a outros objetos em caixinhas de madeira, que em determinados momentos lembram os caixões do repouso eterno.

Ely Felber, nascida em Paranavaí e morando em Curitiba, comparece com uma única peça – Nem Tudo que Reluz… -, da série Barbie?s Life, concebida a partir de dois anos observando e fotografando as cenas da filha Carol brincando com suas bonecas Barbie. As imagens foram tratadas e plotadas em papel glossy laminado, culminando numa proposta intrigante e inovadora.

Já Marco de Oliveira, natural de Cianorte, apresenta histórias fantásticas das suas mulheres, como a da miss que sofre um acidente e perde as penas logo depois da eleição, ganha na loteria, manda confeccionar pernas de prata e morre afogada pelo peso do artefato, representada pelo objeto Viagem ao Fundo do Mar.

O evento de hoje também traz o lançamento e noite de autógrafos do livro Funcart -Arte sem Firula / Cultura sem Frescura, das jornalistas Joice Montefeltro e Iara Lessa, uma retrospectiva ilustrada dos dez anos de atuação da Fundação Cultura Artística de Londrina, instituição privada sem fins lucrativos criada para estimular a produção artística londrinense, particularmente no teatro, dança e circo.

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A exposição permanece aberta para visitação até o dia 23 de julho, de segunda a sexta das 9h às 20h, e aos sábados das 9h às 12h.

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