Nesta quarta-feira, 12 de abril, a Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, fará um concerto de Páscoa com a obra Stabat Mater, de Gioachino Rossini. Os solistas convidados serão Adélia Issa (soprano), Ednéia Oliveira (mezzo-soprano), Marcos Lisemberg (tenor) e José Galissa (baixo). A apresentação começará às 20h30, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão) e terá a participação do Coro Nova Philarmonia. Na segunda parte do programa será apresentada Kyrie in d, uma das composições da Missa Solemnis (Missa Solene), de Wolfgang Amadeus Mozart, em homenagem aos 250 anos de nascimento do compositor austríaco. Ingressos R$ 10,00.
Stabat Matter é uma das principais obras de Rossini e a que, provavelmente, levou maior tempo para ser concluída: cerca de 10 anos. Ela começou a ser escrita em 1832, na Espanha, a pedido do prelado de Madri, Manuel Fernández Varela. Porém, vitimado por uma forte crise de dores lombares, o italiano passou a seu aluno, Giovani Tadolini, a missão de concluí-la dentro do prazo previsto.
A estréia aconteceu no mesmo ano em Madri, mas a versão definitiva de "Stabat Mater", como queria Rossini e que seria aclamada em todo o mundo, aconteceu num concerto em Paris, em 7 de janeiro de 1842.
O título "Stabat Mater" ("Estava a Mãe") corresponde às duas primeiras palavras de um longo poema medieval que narra a angústia de Maria ao ver o filho crucificado. Não se sabe exatamente de quem é a autoria do poema. Acredita-se que seja de Jacopo de Benedetti, conhecido como Jacopone da Todi, mas algumas hipóteses apontam para o Papa Inocêncio III.
Além de Rossini, outros compositores musicaram este texto, entre eles Giovanni Battista Pergolesi, Antonín Dvorák, Krzysztof Penderecki e Karol Szymanowski. Foi uma das últimas composições de Giuseppe Verdi, com suas Quattro Pezzi Sacri (1898).
