Rio de Janeiro

Orquestra de Violões comemora os 100 anos do Forte de Copacabana

Formada por 25 jovens da rede pública de ensino, oriundos de diversas comunidades do Rio de Janeiro, a Orquestra Violões do Forte comemora hoje  (27), às 18 horas, os 100 anos do Forte de Copacabana, com uma apresentação gratuita para o público visitante do local, na Alameda Octávio Correia.

O evento terá como convidada especial a cantora Maria Creuza e tocará repertório que vai da música erudita à popular. A orquestra é uma iniciativa conjunta do Instituto Rudá e do Comando do Forte de Copacabana e conta com apoio do Exército brasileiro.

Trata-se de um projeto de inclusão social implantado em 2011. “A gente começou  com uma orquestra que seria a princípio só de violões, mas diante da repercussão grande na Alameda do Forte, que é o terceiro ponto turístico mais visitado do Rio, começou a aparecer muito convite e muitas crianças e adolescentes nos procuraram querendo participar e pedindo que colocássemos outros instrumentos”, disse à Agência Brasil a diretora executiva do Instituto Rudá e coordenadora do projeto, Márcia Melchior.

Agora, além de violões, há também flautas, violinos, violoncelos, percussão e bateria. “E vamos aumentando. Hoje, somos 25, mas continua a procura”, completou.

A fila de jovens que querem participar da orquestra soma mais de 100 pessoas e diante da grande procura, foi criada uma segunda banda, a Orquestra SindiRefeiçõesRJ, formada por alunos que não têm onde tocar e se apresentam em pontos culturais da cidade.

O sonho da diretora do Instituto Rudá e do Comando do Forte é implantar oficinas para que todas as crianças interessadas possam aprender música. São selecionados alunos da rede pública de ensino e de outros projetos sociais.

Quando a Orquestra de Violões do Forte foi criada, a seleção envolveu jovens de cinco comunidades do Rio situadas no entorno do Forte de Copacabana (Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Chapéu Mangueira, Babilônia e Santa Marta).

Hoje, o projeto reúne alunos de música desde a favela Santa Marta, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense, até Parada de Lucas, na zona norte, além de Queimados, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; e São Gonçalo, na região metropolitana, entre outras.

O currículo dos pequenos músicos também inclui a participação em concertos didáticos do programa Lonas Culturais e nos projetos Construindo Cidadania nas Escolas e Mobilidade Sonora.

Ainda no âmbito das comemorações pelo centenário do Forte de Copacabana, a Orquestra Violões receberá, no próximo dia 16 de outubro, a Orquestra de Prefeitos de Schwarz-Tyrol, da Áustria.

O grupo já se apresentou com o Trio Filarmônico de Viena, no Palácio da Cidade, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012, e tocou também para o papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado.

Para Marlon Yuri, integrar a Orquestra de Violões do Forte teve um significado especial. Ele teve problemas com drogas na adolescência mas, graças às aulas de violão, conseguiu se recuperar.

Hoje, é músico e dá aulas  para crianças com deficiências. “Hoje, posso retribuir o que me ensinaram dando aulas para essas crianças, que precisam de estímulo, carinho e motivação”, externou Yuri.

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