É o maior sucesso teatral dos últimos tempos. Desde a estréia, em agosto do ano passado, o musical Ópera do Malandro, de Chico Buarque (foto) teve todas as récitas lotadas e, mais lugares houvesse, além dos 700 do Teatro Carlos Gomes, haveria público. O disco do espetáculo segue a trilha. Lançado no fim do ano passado pela Biscoito Fino e basicamente vendido no espetáculo, tem números gordos de vendagem. A gravadora não revela quanto, mas garante que só fica atrás de Brasileirinho, de Maria Bethânia, que vendeu 100 mil cópias, e Meu tempo é hoje, de Paulinho da Viola, que chega perto.
Gravar um disco com a trilha do musical e vendê-lo no próprio teatro é idéia da dupla Charles Moeller e Claudio Botelho, copiando um hábito dos teatros de Nova York e de Londres. Eles já tinham feito o mesmo com o musical americano Company, em selo próprio, e venderam cerca de 3 mil cópias. Mas o sucesso da trilha de Ópera do Malandro não se explica só pelo estouro de bilheteria (e também de crítica). Vai além também do fato de um terço das 19 músicas ter se tornado clássico. Infelizmente o espetáculo ainda não vem para Curitiba.