A conversa aqui não é sobre “gastronomia, que disso ninguém entende”, esclarece Olivier Anquier. “A gente está falando de receita de casa, e casa é gente, é família, tem valores.” Antes de mais nada, explica o apresentador, é esse o foco do Cozinheiros em Ação, reality show que põe Olivier em cena bem distinta daquela vista há 16 anos em Diário do Olivier, no mesmo GNT. Com formato original, o programa põe 18 pessoas anônimas que gostam de cozinhar para disputar um primeiro lugar à beira do fogão.
O prêmio – R$ 10 mil, mais eletrodomésticos para uma cozinha completa e produtos de limpeza – é modesto perto do que prometem realities de confinamento, como Big Brother e A Fazenda. Faz parte do show: aqui, os candidatos têm outras aspirações, de ordem afetiva.
“Não são profissionais, são pessoas de todo o País. Contemplamos o território brasileiro e todas as camadas sociais. Misturar gente de camadas sociais e intelectuais distintas já cria uma sinergia única: quando tiramos as cascas de proteção, somos todos iguais nas nossas reações, impressões e dores.”
O corpo de jurados é formado por Ivan Achcar, Mônica Rangel e Renata Vanzetto, todos muito bem a par do foco do programa: cozinha brasileira. A prova final é uma receita para um almoço de domingo em família.
Pela primeira vez, Olivier – que faz até as vezes de motorista no Diário – não se envolveu completamente na produção. Deu lá sua opinião sobre os jurados e participantes, mas garante que abriu mão das decisões.
Seu papel é de mediador, embora permita-se às vezes discordar do júri. Não se esquiva de socorrer participantes em apuros. E diz que está ali para aprender – embora não deixe de dar suas dicas. “Mas não sou chef”, avisa, “sou cozinheiro”.
Com produção da Moonshot Pictures e direção de Roberto D’Ávila, Cozinheiros em Ação vai ao ar todas as quintas-feiras, a partir de amanhã, 26, às 20h30, em 13 episódios já gravados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.