O Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera), que começou nesta segunda-feira (07) em Arapongas, reúne 5.000 alunos e 550 professores participantes que já se engajaram ativamente nas 96 oficinas oferecidas. As de dança, por exemplo, atraem o interesse de todos os que desejam não apenas aprender novas coreografias como, particularmente, inserir a expressão corporal no cotidiano das aulas. Este é o caso da oficina ?Dança Criativa e Educativa Moderna?, coordenada pela professora de dança Solmara Castello Branco, de Umuarama. Trata-se de atividade especial para docentes que acontece todas as manhãs, até sexta-feira (11) e reúne aproximadamente 40 professores.
Solmara enfatiza que promover a discussão da interdisciplinaridade no ensino, envolvendo professores de diversas disciplinas, é um dos maiores trunfos de sua oficina. ?Dança é expressão cultural e pessoal e pode ser utilizada nas aulas de educação física, nas de música ou em qualquer outra. Você pode usar a expressividade corporal em qualquer área do conhecimento como auxílio para integrar informações, facilitando o aprendizado e a socialização. Para os alunos, há ainda o ganho pessoal da obtenção de uma maior consciência corporal?, explicou.
A professora de geografia Rosiane Cristina do Nascimento concorda com Solmara e já vem utilizando a expressividade corporal no ensino de sua disciplina. Ela leciona no Colégio Estadual Antônio Teodoro Oliveira, de Campo Mourão, e ilustra para os alunos as características culturais de cada região brasileira através da dança. A professora Lílian Maria Hodniuk, do Colégio Estadual João Oliveira Gomes, da cidade de Campo Mourão, usa a expressão corporal como um recurso para facilitar o aprendizado da língua inglesa. ?Usamos filmes para exercitar o idioma e com o prazer rítmico que o dançar proporciona tudo fica mais fácil. Os alunos pesquisam particularidades de um tipo de cinema e trabalham ritmicamente suas características. Aprender fica muito mais fácil, assim?, afirmou.
Já o professor de Educação Física Gilmar de Gouveia, que também leciona em Campo Mourão, no Colégio Estadual Dom Bosco, utiliza a integração entre ritmo e exercícios musculares nas suas aulas. Ele é especialista em ?stepdance? e afirma que com esse recurso consegue incentivar o gosto pela música, exercitar os músculos e trabalhar a coordenação motora de seus alunos. ?Uma das provas do sucesso de nossa proposta é que já estamos no oitavo festival de ?stepdance? de Campo Mourão. Cada evento desses tem reunido mais de 200 alunos por edição e cada um deles se desenvolve musicalmente e se exercita fisicamente, integrando esses dois aspectos importantes da vida?, disse.