Curitiba volta a respirar música. Sonoridade de todos os tipos, de todas as origens, de todas as manifestações. Música antiga, erudita, MPB, latino-americana.
Esta é a 28.ª Oficina de Música de Curitiba, que começa neste domingo e vai até 31 de janeiro. Curitibanos – ou não – poderão mais uma vez apreciar o talento de estudantes e profissionais que participam do evento. A capital paranaense, nestes 22 dias, se tornará sala de aula e palco.
Cerca de 1,5 mil pessoas já fizeram inscrição para as oficinas. Muitas delas não têm mais vagas. Os alunos vão aprender com profissionais renomados, inclusive com 30 docentes estrangeiros.
Entre eles estão o russo Alexander Trostiamsky (violino), o polonês Jan Krzysztof Broja (piano), o francês Jean Philippe Chavey (trompa) e a italiana Enza Ferrari (oficina Ópera Estúdio).
Na opinião de Janete Andrade, diretora-geral da Oficina de Música de Curitiba e coordenadora de música erudita da Fundação Cultural de Curitiba, outro destaque do evento em 2010 é o grupo americano Fry Street Quartet, que se apresentou em diversos festivais internacionais.
“A organização da Oficina de Música praticamente começa quando termina uma. Em março já começam os preparativos e em agosto o ritmo fica mais acelerado”, comenta. De acordo com ela, é preciso começar a trabalhar cedo para conseguir lugar na agenda dos profissionais convidados, além de montar toda a estrutura necessária para receber tanta gente.
Andrade explica que a organização do evento tem incentivado o aumento de concertos pela cidade, para que a população possa se integrar cada vez mais com os músicos, o que realmente tem acontecido nos últimos anos. Uma das novidades para este ano é o núcleo de cinema, com sessões na Cinemateca e no Paço da Liberdade. “Era algo antes tímido e neste ano foi intensificado. Serão sessões maravilhosas”, afirma.
A população de Curitiba e quem estiver passando pela cidade também poderá conferir uma série de eventos – promovidos em parceria com o Consulado da Polônia – que comemoram os 200 anos de nascimento do compositor Chopin.
“Chopin sempre foi tocado na oficina, mas agora tem essa visão especial”, conta Andrade. Quem gosta de música latinoamericana poderá conferir a arte do candombe, música típica do Uruguai.
A diretora-geral da oficina lembra que serão realizados na cidade, até o final do mês, diversos espetáculos com artistas de renome internacional, o que pode ser considerada uma oportunidade única. Algumas atrações terão entrada gratuita; em outras, o ingresso vai custar R$ 10 ou R$ 5, mais um quilo de alimento não perecível.
Além da parte cultural, a 28.ª Oficina de Música de Curitiba também vai levar a sério a questão ambiental. Todo o material de divulgação foi produzido com papel reciclável.
As camisetas que serão distribuídas para os participantes contêm PET reciclado. E em parceria com a secretaria de meio ambiente serão plantadas 1,7 mil mudas de espécies nativas para neutralizar as emissões de carbono durante o evento.