Em uma casa no bairro de Pinheiros, em São Paulo, fica guardada a maior parte das 2,08 mil obras já catalogadas do artista plástico Fernando Zarif (1960-2010). Um teleiro foi construído em um quarto para abrigar as pinturas e há uma mapoteca em outro cômodo, para os desenhos. Na sala principal, uma exposição está montada com peças nas paredes e a escultura de um esqueleto repousa no chão. “Ele não deixaria fazer nada disso que estamos fazendo aqui”, diz a mãe do artista, May Zarif. Ela se refere ao temperamento do filho e à criação do Projeto Fernando Zarif, em atividade desde agosto de 2011.
Cada vez mais, familiares de criadores tomam para si a tarefa de cuidar e divulgar a obra que lhes restou. A casa que se tornou, há um ano e meio, a sede do Projeto Fernando Zarif – ainda não se trata de um instituto – já pode até ser visitada pelo público. A ideia é que seja não só um espaço expositivo como de pesquisa.
Outra iniciativa da família do artista foi custear a edição do livro Fernando Zarif – Uma Obra a Contrapelo (Metalivros, 271 págs., R$ 100), que será lançado na segunda-feira, 17, na Galeria Millan, em São Paulo, e na próxima quinta-feira, 20, no Museu de Arte Moderna do Rio – em ambos os lugares, eventos acompanhados de exposições.
O jornal O Estado de S.Paulo também teve acesso ao projeto o caso do fotógrafo Gaspar Gasparian (1899- 1966) – desde 2006, seu filho tomou para si a tarefa de tornar a obra de seu pai mais conhecida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.