O ano de 2016 foi agitado para o mundo da moda. Foi marcado pela dança das cadeiras dos estilistas nas grandes maisons, mudanças nos formatos dos desfiles e temporadas e a ascensão da geração Z.

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Mas e agora? Como vai ser o mundo da moda e da beleza neste ano? Perguntamos para 14 fashionistas o que eles esperam em 2017. Confira as respostas:

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Paulo Borges, criador e diretor da SPFW

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“Leveza, criatividade e transformação.”

Vic Ceridono, editora de beleza da Vogue Brasil e blogueira do Dia de Beauté

“Minha expectativa é que as marcas nacionais de cosméticos sigam evoluindo cada vez mais e que novas marcas internacionais desembarquem no Brasil para deixar ainda mais interessante a cena da beleza no País.”

Luiza Brasil, jornalista de moda e blogueira do Mequetrefismos

“Mais empatia e diversidade. Entre os criadores e departamentos como marketing e branding. Espero que o mercado consumidor também esteja disposto a ver essas mudanças como algo positivo!”

Daniela Falcão, diretora editorial da Globo Condé Nast

“As mudanças que começaram em 2016 ainda deixam muitas incógnitas sobre o futuro da moda. O ‘see now, buy now’, a fusão dos desfiles masculinos e femininos, as estreias de estilistas importantes em novas maisons… tudo isso ainda causa um sentimento de instabilidade grande. 2017 é um ano estimulante porque ainda estamos no olho do furacão das mudanças que vêm chacoalhando o meio da moda.”

Heleno Manoel, stylist

“Espero que a moda seja mais consciente em relação à procedência das peças e das matérias-primas.”

Valdemar Iódice, estilista

“Espero que o governo crie mecanismos para incentivar o consumo, é disso que a moda precisa. Deixa a criatividade com a gente que temos de sobra!”

Rodrigo Costa, maquiador

“Com o uso das redes sociais, as pesquisas e fontes de inspiração estão a todo o momento na palma da nossa mão. Tanto na beleza quanto na moda, minhas inspirações sempre foram o que todos os tops mundiais usam ou fazem. Mas em 2016 senti uma necessidade muito grande de pesquisar nos novos talentos. Tem muita gente boa começando com um olhar muito diferente para a moda em geral, e isso se consolida em 2017.”

Ronaldo Fraga, estilista

“Uma das coisas ruins que a crise nos trouxe foi a dificuldade de planejamento a médio e longo prazo. Difícil prever onde esse coquetel de crise política + econômica nos levará. Procuro trabalhar e acreditar no Brasil como sempre o fiz, e isso não é pouco.”

Drica Cruz, stylist

“O momento é ideal para novas propostas. Quem se mantiver original no mercado, terá destaque!”

Monica Salgado, diretora de redação da Glamour Brasil

“Acho que a moda se aproxima da vida real, da mulher real. Menos carão, mais diversão, naturalidade, autenticidade. Desfiles viram happenings, shows, verdadeiras experiências que celebram (também, mas não apenas) a moda. Bons exemplos são os shows que a Tommy Hilfiger tem feito – o último foi num parque de diversões cheio de atrações para os fashionistas (tinha manicure pintando as unhas das convidadas com o logo da marca, aplicação de fake tattoos, brinquedos em funcionamento e pop-up store com algumas peças à venda). As marcas fortes são aquelas que apostam no que têm de mais único e verdadeiro – e convidam os clientes a mergulharem nesse universo. A questão da diversidade também estará cada vez mais em alta. Não temos mais como ignorar a real e saudável necessidade de olharmos para a mulher de uma maneira mais generosa e inclusiva.”

Renam Christofoletti, fotógrafo

“Espero um 2017 com menos convenções e mais liberdade, com a moda interagindo mais com as pessoas, com diversificação por parte dos profissionais da indústria para atender as novas gerações. Como fotógrafo, o meu plano é entrar em contato com quem nasceu usando a internet. A tendência é ser mais consciente.”

Alberto Hiar, o ‘Turco Loco’, nome à frente da Cavalera

“Espero que os governos federal e estadual ajudem a moda como ajudam outros setores, como a indústria automobilística e a construção civil.”

Bruna Tenório, modelo

“Neste ano, espero mais do que nunca que as marcas produzam de forma mais sustentável e também que as pessoas consumam com mais consciência. O mundo precisa disso e seria incrível ver a moda fazendo a sua parte.”

Mariana Di Pilla, editora de moda da Marie Claire Brasil

“Primeiramente, temos duas questões práticas que envolvem dinheiro: o que será da semana de moda masculina e do ‘see now, buy now’. Algumas marcas são contra a venda logo sem seguida do desfile e a continuidade da semana de moda para homens ainda é um mistério. Outra questão importante é como reinventar as campanhas de moda. A Prada acabou de lançar um novo conceito de campanha, com olhar 365, muito bacana. Há também uma estreia muito aguardada, o Raf Simons para a Calvin Klein, em fevereiro. Ouvi alguns boatos sobre novidades na Chanel e sobre a saída de Ghesquière da Louis Vuitton. Por último, os tops e sutiãs usados por cima da roupa viraram tendência e quero ver como as pessoas vão usar no street style em 2017.”