Com uma impecável e rigorosa ordem na composição, Doralice Zanetti mostra em suas pinturas recentes a pesquisa realizada, enfatizando o valor da textura como meio de expressão e como arte em si mesma. Sua obra estará exposta no Museu da PUC Curitiba até 15 de outubro.
Textura e cor são elementos essenciais trabalhados nessas diversas séries de obras da artista. Na série vermelha, ela trabalha simultâneamente a textura, a tinta, a transparência e a conseqüente saturação da cor, resultando daí composições nas quais o volume e a profundidade criam formas dinâmicas e fortemente expressivas. Na série que privilegia o negro sobre fundo branco, utiliza a textura para provocar alterações de ritmo e tensão de maneira continuada. Na série em pequenos formatos, mostra tipos diferentes de textura em cada obra, criando atalhos para a compreensão das formas recorrentes.
Impelidas por sua dinâmica interna, em uma constante e renovada interpretação impessoal, essas obras permitem um tipo de contemplação criativa, na qual permanecem forçosamente atuais e ainda adquirem, com seu monocromatismo e simbologia específicos, um caráter real no sentido de sustentar uma identidade própria e autônoma.
O conjunto de obra de Doralice Zanetti é resultado de um processo criativo que coloca a artista em sintonia com o seu tempo, permitindo uma multiplicidade de interpretações, segundo comentário de Maria Cecília Araújo Noronha, professora de Arte da PUCPR.
Hoje, às 19 horas, no Museu Universitário da PUC, na Rua Imaculada Conceição 1155, no Prado Velho, vai acontecer o coquetel de abertura da exposição de Doralice Zanetti.
