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O melhor da literatura sobre o ataque terrorista

Os atentados às torres gêmeas em 11 de Setembro de 2001 renderam dezenas de títulos ensaísticos e obras de ficção, entre os quais permanecem insuperáveis o livro-reportagem de Lawrence Wright, O Vulto das Torres, e os romances Homem em Queda, de Don DeLillo, Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, de Jonathan Safran Foer, e Sábado, do escritor inglês Ian McEwan. Os três primeiros fazem referência direta à tragédia provocada pelos terroristas em Nova York. O livro de McEwan é uma reflexão posterior, ambientada em 2003, em Londres, durante um dia em que a multidão sai às ruas para protestar contra a invasão do Iraque pelas tropas dos EUA com apoio militar do Reino Unido.

Naturalmente, O Vulto das Torres é o título essencial para quem está interessado nos bastidores da derrubada das torres gêmeas por aviões sequestrados pelos terroristas. Lawrence Wright, que ganhou o Pulitzer, levou cinco anos para reunir o impressionante material de seu livro sobre os atentados de 11 de Setembro e a formação do pensamento radical islâmico. A criação da Al-Qaeda, a participação do líder Osama bin Laden (1957-2011) na operação e o funcionamento dos campos de treinamento de terroristas no Afeganistão são revelados por Wright, experiente jornalista com acesso a fontes confiáveis no Oriente Médio.

O Vulto das Torres trata especialmente da vida dos líderes muçulmanos radicais. Além de Osama bin Laden, Wright conta como o intelectual egípcio Sayyd Qutb (1906-1966) formou a Irmandade Muçulmana, influenciando tremendamente na criação da organização terrorista Al-Qaeda e alimentando o radicalismo de seus pupilos Bin Laden e Al-Zawahiri, o segundo homem na hierarquia do grupo fundamentalista islâmico.

Homem em Queda, de Don DeLillo, é, entre os livros anteriormente mencionados, a melhor ficção sobre o assunto. O homem do título é uma das vítimas que pulam do World Trade Center em chamas, mas o protagonista é outro personagem, Keith, que consegue escapar vivo e volta para seu apartamento coberto de pó e com uma maleta que não é sua – motivo para o homem sair em busca do verdadeiro proprietário nessa obra em que a memória e a reconstrução de uma vida destroçada são os principais temas.

Já em Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, de Safran Foer, o narrador é um garoto de 9 anos, a última pessoa a ouvir um recado do pai na secretária eletrônica, antes do colapso das torres gêmeas. Sábado, de Ian McEwan, associa a vida de um neurocirurgião a um homem com problemas neurológicos com consequências nefastas para o médico e sua família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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