O lixo e a Estrada da Graciosa

A preocupação com o meio ambiente parece estar se tornando mais intensa na atualidade, porém ainda falta muito amadurecimento da maioria das pessoas para a preservação ambiental. Observo, quando circulo pelas ruas das cidades ou pelas rodovias do Paraná ou de outro estado, papéis, chicletes, plásticos, vidros, pneus, entre outros, jogados ao relento, contribuindo para a poluição dos rios.

As chuvas levam o lixo para os rios, o que ocasiona boa parte do caos urbano. Por exemplo, o lixo plástico demora mais de 100 anos para entrar em decomposição e o vidro demora 1 milhão de anos. A água é fundamental para a sobrevivência humana, principalmente a água limpa.

Preocupado com a falta de conscientização da população sobre a importância da reciclagem do lixo orgânico e inorgânico (plásticos, metais, ligas, vidros, entre outros), Marcos Schneider, geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia Ambiental, vem realizando trabalhos de conscientização ambiental junto aos discentes do 1.º período do curso de Geografia da Uniandrade. Na Estrada da Graciosa, localizada na Serra do Mar, Estado do Paraná, Schneider e os estudantes percorreram 10 km e recolheram aproximadamente 100 kg de lixo.

No parecer dos universitários Alceu Both, Antônio de Souza, Juliana Mungo, Sindy Ferreira e Manuele de Almeida, a totalidade do lixo recolhido no trecho representa o descaso com o meio ambiente por parte das pessoas, em sua maioria turistas, que passam ou utilizam o belo lugar para degradação e desvalorização ambiental.

Schneider, que acredita na ação humana no meio ambiente, sugere: ?A educação ambiental por si só não resolverá os complexos problemas ambientais planetários, mas pela ação conscienciosa dos indivíduos, por intermédio da reciclagem, os complexos problemas socioambientais enfrentados na atualidade serão atenuados?.

Jorge Antonio de Queiroz e Silva é palestrante, pesquisador, historiador e professor. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. queirozhistoria@terra.com.br

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