O livro da fortuna do empresário Eike Batista

Dono de uma fortuna de US$ 30 bilhões, Eike Batista, o oitavo homem mais rico do mundo na lista da revista Forbes, também mostra que é bom de marketing pessoal. Ele garante que ensina a fórmula no livro O X da Questão (Ed. Primeira Pessoa, R$ 29,90). “Uma convicção se formou em mim desde muito cedo: a de que você cresce com as dificuldades. Ou “estresses’, como prefiro chamar”, escreve o empresário.

No livro, escrito pelo jornalista Roberto D’Ávila, seu amigo há 25 anos, avisa logo no primeiro capítulo que não vai falar de vida pessoal. Não estão lá o casamento e a separação de Luma de Oliveira, nem seus filhos Thor e Olin, muito menos seus romances com modelos mais novas e seu recente relacionamento com Flávia Sampaio. “A vida pessoal ficará para a biografia que eu estou escrevendo e será lançada daqui a 2 anos”, avisa Roberto.

O X da Questão conta a trajetória de Eike no mundo dos negócios. Desde seus 18 anos, quando teve que vender seguros para complementar a mesada que seu pai, Eliezer Batista — que escreve o prefácio —, lhe dava para viver na Alemanha, onde fazia faculdade de engenharia metalúrgica, até a construção de seu império de minas e poços de petróleo, onde todas as empresas levam no nome o símbolo do Sol inca e a letra X. “Entendi que o X era um bom augúrio e decidi seguir com ele. Assim como o Sol inca. (…) Tudo é sinônimo de eficiência, planejamento, execução”, explica Eike.

Tiro nas costas

Das histórias da vida nos negócios, destaca-se a vez em que o milionário foi cobrar de um minerador, que estava bêbado, o dinheiro que ele lhe devia. Irritado, Eike xingou o homem e, quando virou as costas, levou um tiro. “Por sorte, eu já havia caminhado alguns metros e o disparo não aconteceu à queima-roupa. Até hoje, se alguém olhar para minhas costas, perceberá as pequenas cicatrizes”, diz. Do episódio, Eike tirou uma lição: a de exercitar a paciência.

O bilionário também conta que já sofreu derrotas, mas admite contar com a sorte. “Ninguém é infalível no mundo dos negócios. Sem sorte não se chupa nem um sorvete. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha”.

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