Bailarinos de diferentes partes do mundo se juntam aos 32 integrantes da São Paulo Companhia de Dança (SPCD) na comemoração dos 10 anos da escola para apresentar a partir desta quarta-feira, 14, no Teatro Sérgio Cardoso o balé clássico mais aclamado da história: o Lago dos Cisnes. A obra, que estreou em 1877 no Teatro Bolshoi, é dançada por diversas companhias de dança desde o fim do século 19.

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Agora, a São Paulo Companhia de Dança traz ao público a íntegra do balé com a música composta por Tchaikovsky. “A companhia foi criada para ser clássica e contemporânea. E agora estamos com o clássico dos clássicos. Estamos num momento especial e com um balé que encanta o mundo todo há muitas gerações”, explica a diretora artística Inês Bogéa.

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Para Inês, “toda história é viva no corpo” e o balé permite vivenciar isso. “É uma arte que acontece plenamente na cena, não é igual a você assistir a um vídeo. A relação da plateia com os artistas se dá no espetáculo e a tradição tem que ser viva, para que as gerações possam vivenciar, aprender e curtir seu passado no presente, dando ainda chances para que o futuro e a contemporaneidade sejam reconhecidos e possam ser vivenciados também.”

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O casal que protagoniza o Lago dos Cines, príncipe Siegfried e Odete, será interpretado por mais de um casal de bailarinos. Lucas Lima, solista do Balé Nacional da Noruega, e Luiza Lopes, a primeira solista no Royal Swedish Ballet, de Estocolmo, formam um desses casais. O outro é formado por Emmanuel Vazquez, solista do Balé de Santiago e dirigido por Márcia Haydée, ao lado de Thamiris Prata, bailarina da SPCD.

Geivison Moreira e Luciana Davi, André Grippi e Paula Alves, também bailarinos da SPCD, são os outros dois casais que protagonizarão o Lago dos Cisnes.

Inês lembra que é normal as companhias trazerem bailarinos convidados para dançarem balés, mas cita “algo especial” nos convidados para o Lago dos Cisnes. “São bailarinos que fizeram parte da história da companhia e a possibilidade de trazer para o Brasil artistas que fazem sua carreira lá fora”. Luiza e Emmanuel, por exemplo, foram bailarinos da companhia. “É uma maneira de comemorar a dança e mostrar ao público brasileiro esses artistas que estão fora do País”, completa a diretora artística.

A coreografia da obra que fica em cartaz até dezembro é de Mario Galizzi, um especialista em balés clássicos, que já trabalhou com a companhia antes. Dessa vez, a coreografia dialoga com a tradição e se renova nas relações dos personagens, nos desenhos das cenas, em sintonia com a música emblemática de Tchaikovsky. Inês explica que os quatro atos da obra serão apresentados, “o que possibilita contar a obra de uma forma mais emocionante” e possibilitando mudanças visuais no palco já que o público vai presenciar uma troca de cenário.

Além dos convidados internacionais, farão parte desse balé jovens do programa Fábricas de Cultura da Organização Social Catavento Cultural e Educacional. Eles vão interpretar os nobres da corte, soldados e trompeteiros. “É a possibilidade de um intercâmbio, para o jovem bailarino também poder acompanhar a rotina de uma grande companhia e ver se quer seguir esse caminho”, afirma Inês.

O LAGO DOS CISNES

Teatro Sérgio Cardoso. Rua Rui Barbosa, 153, tel. 3288-0136. 4ª, 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 18h. R$ 30/ R$ 50. Até 2/12.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.