Sessenta e dois anos após sua estréia mundial em Nova York, volta em versão restaurada o clássico “O grande ditador”, no qual Charlie Chaplin ridiculariza o ditador nazista Adolf Hitler. O filme, que narra a história de um barbeiro judeu que acaba ocupando o posto do ditador após uma série de malentendidos, foi restaurado por encomenda do produtor Martin Karmitz, que comprou os direitos de 17 obras do comediante.
O diretor inglês Alexander Korda sugeriu a Chaplin em 1937 que fizesse um filme baseado no dirigente alemão, devido à sua semelhança física com Hitler. “Perfeito. No papel de Hitler, poderei falar às massas numa língua inventada, e ainda assim parecer convincente”, comentou o ator e diretor, que afirmou na estréia do filme, em outubro de 1940: “Não, não sou judeu, mas não é preciso ser judeu para ser antinazista”.
