Enquanto as mulheres e as meninas colhem os frutos da emancipação feminina e das fogueiras de sutiãs dos anos 60, homens em geral e os meninos em particular sofrem para se adaptar à nova realidade. Esta é a constatação de James Dobson, fundador presidente da Organização Focus on the Family e doutor em Desenvolvimento Infantil pela University of Southern California, no livro Educando Meninos (232 págs. – R$ 34,50), que acaba de ser lançado pela Editora Mundo Cristão.
“Os meninos hoje estão correndo perigo. A maioria deles está sendo negativamente influenciada pela cultura e, praticamente, sobrevivendo à esmagadora realidade das pressões e cobranças que a sociedade vem impondo”, defende o autor. Ele argumenta que, se trinta anos atrás eram as meninas que sofriam discriminação, eram sexualmente molestadas, desrespeitadas e deixadas de lado na escola, a crise teria chegado agora aos meninos, e de uma forma “diferente de tudo que já se viu antes”.
“Estatísticas têm revelado que, comparados às meninas, os garotos têm seis vezes mais chances de encontrar dificuldades no aprendizado, três vezes mais probabilidade de se viciarem em drogas e quatro vezes mais chances de serem diagnosticados como emocionalmente perturbados”, aponta Dobson.
Os meninos também correriam maior suscetibilidade à esquizofrenia, autismo, vícios sexuais, alcoolismo, urinar na cama e todas as formas de comportamento anti-social e até criminoso: “Os meninos têm 12 vezes mais probabilidade de assassinar alguém, e o índice de acidentes automobilísticos é 50% maior. Sem falar que cerca de 77% dos casos de delinqüência nos tribunais envolvem homens, 80% dos suicídios são praticados por moços com menos de 25 anos e que 90% dos jovens que comparecem aos tribunais de delinqüência juvenil são meninos”.
Assim, prossegue o autor, os pais precisam estar preparados para compreender as diferenças entre meninos e meninas, e receber ferramentas que os ajudem no processo de educação. Seria o caso de Educando Meninos.
