Mostrar que, mais do que os simples ploc, puf, slpep, os sons produzidos pelas palmas e pelos estalos de dedos podem efetivamente constituir música, é um dos objetivos do grupo Barbatuques, que promove as oficinas extras de música corporal.

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As aulas, que fazem parte da 28.ª Oficina de Música de Curitiba, acontecem entre os dias 25 e 29 de janeiro, na Arcádia Livraria (Rua Treze de Maio, 601/611).

As oficinas extras foram abertas devido à uma solicitação da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), por conta da grande procura de alunos pelo curso do Barbatuques, durante a Oficina de Música de Curitiba, cujo número de vagas se esgotou no primeiro dia em que foram disponibilizadas. O grupo não descarta a possibilidade de abertura de uma outra turma extra, com 30 participantes.

A grande procura pelo curso do Barbatuques pode ser explicada pela originalidade da forma pela qual o grupo produz música, que aproxima os ritmos brasileiros de elementos musicais de vários estilos internacionais, explorando o corpo humano como gerador de ritmos, melodias e harmonias.

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O método desenvolvido pelo grupo radicado em São Paulo, atrai músicos dos mais variados estilos que procuram a orquestração rítmica das palmas, sapateados e estalos complementada pelo uso da fonética. O resultado é uma aquarela de sons orgânicos a serviço da criação e expressão musical.

Para o fundador do grupo, Fernando Barba, ao mesmo tempo em que há uma aura de originalidade na música do Barbatuques, o uso da percussão corporal remete músicos e espectadores ao passado, já que, segundo ele, trata-se talvez da forma mais antiga de fazer música. “Todas as culturas do mundo, em algum momento da história têm alguma expressão musical através do corpo”, afirma.

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Músico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Barba conta que não há muitas diferenças entre executar o som através do instrumento ou usar o corpo.

“O compositor alemão Carl Orff pregava que o músico precisa sentir a música pelo corpo, independentemente do instrumento. A música corporal também contribui para fazer músicos desenvolverem essa sensibilidade”, diz.

Barba explica que, além de auxiliar as pessoas a identificarem o som do próprio corpo, através da música corporal é possível desenvolver ritmo, harmonia e os demais elementos básicos para constituir a música, da mesma forma que uma orquestra.

O fundador do Barbatuques ressalta que não existe pré requisito para participar das oficinas. Segundo ele, os participantes geralmente são pessoas interessadas em desenvolver suas musicalidades, como músicoeducadores e profissionais de teatro.

As inscrições estão abertas a todos os públicos. As aulas acontecerão no período da manhã. Mais informações podem ser acessadas no site www.barbatuques.com.br.

Histórico

Uma referência internacional em percussão corporal, o grupo Barbatuques, fundado em 1995, acumula um histórico de apresentações na Europa e nos Estados Unidos, além de dois CDs e um DVD gravados.

O grupo surgiu das atividades do Auê Núcleo de Ensino de Música, dirigido por Barba. Esta vocação pedagógica permaneceu como parte integrante das atividades do grupo.

Em 2005, quando faziam apresentações pela Europa, foram convidados para ensinar professores de música de várias regiões da Espanha. No Brasil o grupo realizou shows e workshops em várias cidades.

Em 2008 e 2009, os integrantes do Barbatuques participaram do International Body Music Festival evento de música corporal na cidade de São Francisco, na Califórnia-EUA.

Serviço

Oficina de Música Corporal do Grupo Barbatuques, com Fernando Barba e Mauricio Maas.

A partir de amanha at&ea,cute; sexta-feira, dia 29.

Turmas: das 9h às 10h30 ou das 10h45 às 12h15 .

Valor: R$ 180,00 por pessoa.

Informações: 41 3029-4800 / 3223-2880 / www.barbatuques.com.br.