Silvio Santos resolveu ressuscitar o seu famoso “Show de Calouros”. No próximo domingo estréia no SBT “Gente que Brilha”, uma reedição do programa que por quase 20 anos garantiu bons pontos de audiência ao canal. Em chamada veiculada poucas vezes ao dia, o SBT está recrutando artistas circenses, músicos, comediantes, transformistas, todo tipo de aspirante a cinco minutos de fama para se inscrever no programa, que há meses está entre os projetos da emissora.
Depois de dirigir pessoalmente um piloto com Ratinho e de cogitar colocar Moacyr Franco no comando da atração, o próprio Silvio Santos resolveu assumir a apresentação do “Gente que Brilha”. O mercado publicitário gostou da idéia. Programa com Silvio Santos, e aos domingos, é audiência garantida.
A atração tem todos os clichês a que têm direito esses programas de calouros: cantores bons, outros, nem tanto, gongo, platéia, jurados espalhafatosos e performáticos. No piloto que Ratinho gravou, em março, participaram do júri Aguinaldo Timóteo e Helô Pinheiro. Ratinho se achou “engessado” demais no formato e pediu ao patrão para refazer o piloto, a seu modo. Silvio não gostou e acabou assumindo o barco. Para variar, refez tudo exatamente como queria.
Embora o SBT tenha vendido, a princípio, a idéia de que este seria um “Show de Calouros” repaginado para o século 21, o que vai ao ar é uma reedição bem fiel do velho campeão de audiência dos anos 80: no piloto que gravou, chamou Pedro de Lara e Sônia Lima – contemporâneos do “Show de Calouros”- para fazerem parte do júri. A ex-loira do Tchan Sheila Mello também participou.
Silvio quer que “Gente que Brilha” revele talentos de verdade e não fique só na brincadeira com aqueles não tão talentosos.
SS também quer dar mais espaço a atrações circenses, contorcionistas, malabaristas e pessoas que fazem coisas realmente impressionantes, algo como o “Se Vira nos 30”, do “Domingão do Faustão”.
Agora é esperar para ver. Se não mudar de idéia – o que acontece com freqüência -quem sabe não ouviremos no domingo de novo a musiquinha: “Pedro de Lara, é coisa nossa!”