O bem amado adaptado para a telona

Um dos personagens mais queridos do País está de volta: Odorico Paraguaçu. O prefeito, cuja plataforma de governo da pequena Sucupira é a inauguração do cemitério municipal, está em cartaz nos cinemas, dirigida por Guel Arraes. Na pele do personagem que é uma referência cômica de político corrupto está Marco Nanini.

A dupla Guel e Nanini é íntima da história de Odorico, o prefeito das prosopopéias e das frases feitas. Juntos, eles montaram a peça Odorico, o bem amado, os mistérios do amor e da morte, de Dias Gomes, que inspirou o filme atual e a novela e a minissérie que a TV Globo exibiu nas décadas de 70 e 80, com Paulo Gracindo no papel principal.

Na versão cinematográfica, produzida por Paula Lavigne, as peripécias de Odorico Paraguaçu ganham cores de uma comédia política e de vaudeville a partir dos encontros e desencontros entre personagens vividos por um elenco notável: José Wilker (Zeca Diabo); Matheus Nachtergaele (Dirceu Borboleta); Andréa Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes (Irmãs Cajazeiras); Caio Blat (Neco Pedreira); Maria Flor (Violeta) e Tonico Pereira (Wladymir).

“Acho que Dias Gomes teve uma espécie de intuição. Odorico continua existindo e Sucupira continua sendo meio Brasil”, diz o diretor. “O filme em relação à série e à peça tem algumas atualizações. As Cajazeiras, que eram beatas, se tornaram peruas. Odorico é muito mais urbano, muito mais um bacharel que assimilou mal a faculdade, fala difícil para impressionar, perdeu um pouco daquele “coronelzão’. A atualidade trouxe muitos elementos para acrescentar à essa nova leitura”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna