Unir a ação dos filmes americanos com a sagacidade do cinema inglês. Guy Ritchie não queria pouco ao assumir, há cerca de dois anos, o projeto de “Sherlock Holmes”, a mais nova adaptação das aventuras do personagem mais inglês da História, que estreia no Brasil na sexta-feira.

continua após a publicidade

Há duas semanas, quando a première mundial do filme sacudiu a Leicester Square (a Meca das pré-estreias europeias), o que se viu na tela foi a união da genialidade do ator Robert Downey Jr., o charme de Jude Law, a beleza de Rachel McAdams e as sequências de ação que tornaram Ritchie um dos queridinhos do cinema mundial, em um filme que tem de tudo um pouco. “É uma grande honra e uma grande aventura”, comentou Jude Law, há um ano, nas filmagens.

Ritchie e equipe não pouparam esforços para dar a Holmes ares nunca antes retratados nos filmes que fizeram a fama do detetive que encarna, como poucos personagens, o ‘English style’.

De cenas que literalmente pararam o trânsito em Liverpool a efeitos visuais que recriam o cenário da lendária Tower Bridge em construção, “Sherlock” é prova de que a saga criada por Sir Arthur Conan Doyle está longe de acabar. Por falar em fim, Ritchie admitiu que este primeiro filme é só o começo de uma série que ele quer continuar.

continua após a publicidade

Na trama, Sherlock (que ganha ares mais leves na pele de Downey Jr.) e Watson (um bigodudo Law) tentam salvar Adler (Rachel McAdams) de cair em uma armadilha mortal de Lorde Blackwood (o vilão da história, vivido por Mark Strong). Como manda o manual de bons filmes de ação, há muito fogo, fumaça, explosões e perseguições.

A mocinha em questão é também ‘inimiga’ de Holmes e capaz de roubar o coração do detetive. Aliás, além de livrar a Inglaterra dos poderes ocultos de Blackwood, Holmes também tenta salvar sua amizade com Watson, que está cansado de ter um companheiro tão desastrado e ciumento.

continua após a publicidade

Watson está prestes a se casar e os dias da dupla dinâmica podem estar contados. Cenas de ação à parte, a irmandade entre Watson e Holmes garante mistérios e humor à releitura de um clássico tão britânico.

Downey Jr. não se abateu com as críticas antecipadas de que sua figura e seu sotaque não alcançariam a fleuma necessária ao personagem. “Não fiz o sotaque inglês. Já tenho este sotaque depois de passar tanto tempo aqui”, brincou.

Além do sotaque, Downey Jr. teve de trabalhar muitos os músculos para protagonizar as tantas cenas de luta e perseguição. “É fisicamente desafiador filmar com Guy. Trabalhar com ele significa suar muito!”