Filmes e pipoca

Novo longa da franquia ‘Homem-Aranha’ é destaque no cinema

É impressionante – e também uma satisfação – ver o quanto O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro acerta onde o seu antecessor erra. Se no primeiro filme do reboot do herói aracnídeo foi uma decepção do começo ao fim, aqui é justamente o contrário. O longa, dirigido novamente por Marc Webb (500 Dias com Ela) não apenas empolga e diverte o espectador, mas também carimba como o melhor filme do mais popular super herói da Marvel Comics (na opinião deste que escreve, frisa-se).

O que chama a atenção logo de cara é que o Homem-Aranha do ator Andrew Garfield soa como o Homem-Aranha dos quadrinhos. Isso até apareceu um pouco nesse recomeço do personagem, mas aqui a coisa ganha dimensões maiores. O “amigão da vizinhança” faz piadas com os bandidos, consegue rir de si, mas sem jamais esquecer o seu legado de que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Observe, por exemplo, a sequência inicial do filme e também os embates contra o vilão Electro.

Falando em Garfield, ele parece estar bem à vontade na pele de Peter Parker/Homem-Aranha. Se no filme anterior ele estava um pouco no automático e até mesmo soando aborrecido, aqui ele realmente dá vida ao herói. Ele é engraçado quando é necessário, mas também sério quando a situação exige. A atuação é tão boa – ou mesmo superior – quanto àquela realizada por Tobey Maguire, intérprete da trilogia original.

Contudo, para que possamos comprar a bravura do herói, é preciso que o vilão seja ameaçador.  Como diz uma sentença, “quanto mais poderoso o vilão, mais valoroso é o herói que o derrota”.  Caso isso realmente seja verdade, então Electro, interpretado por um Jamie Fox pra lá de inspirado, faz jus à frase.  Sem cair na armadilha de um vilão maniqueísta e unidimensional, o ator mostra um lado humano para o antagonista. Seu Max Dillon/Electro quer apenas atenção, reconhecimento de seus pares. Só que ele não vai hesitar em cometer atrocidades em busca de seu intento. Assim como o Harry Osborn/Duende Verde de Dany DeHaan, que também não mede esforços para alcançar seu objetivo, chegando a um clímax que faz justiça ao título de “espetacular” do personagem.

Bem construída também está a relação amorosa entre o protagonista e Gwen Stacy (Emma Stone). É tocante ver como o herói tenta se afastar da namorada, contra a sua vontade, para tentar evitar que algo de mal aconteça. Assim como é interessante ver que mesmo procurando saber mais sobre os pais, Peter Parker não se esquece do amor e do carinho devotado pela sua tia May Parker (Sally Field). Tudo isso é conduzido com maestria pelo diretor do longa, ainda que possa sobrar um ou outro momento mais piegas.

Alguns podem até reclamar que há humor demais e também romance em excesso. Porém, nada disso soa gratuito. Existe um motivo para que isso apareça nas telas. Peter Parker/Homem-Aranha sem dilemas pessoais não é Peter Parker/Homem-Aranha. Talvez, por isso, o herói que pode escalar paredes, erguer carros, desviar de balas, entre outros feitos, consegue soar tão humano, mesmo diante destas habilidades.

Assista ao trailer

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna