Com quatro anos de atraso, chega nesta quinta-feira às livrarias do Brasil a primeira aventura do personagem principal do arrasa-quarteirão O Código da Vinci. Com uma tiragem inicial de 160 mil exemplares – uma ousadia para os padrões nacionais -, o lançamento de Anjos e Demônios (Sextante) tenta pegar carona no sucesso da seqüência, que, em sete meses, vendeu 250 mil cópias no Brasil. No mundo inteiro, foram 17 milhões.
A essa altura, você que leu, amou, odiou ou não agüenta mais ouvir falar de O Código deve ter se perguntado como, sem a base histórica concreta que jura ter, o autor conseguiu convencer meio mundo – talvez até você – da verossimilhança daquilo tudo. No resumo, a fórmula narrativa de Dan Brown pode soar barata, mas a coisa vicia. Não são poucas as histórias de gente que começa a ler e não consegue parar mais. Mas não espere de Anjos e Demônios a mesma precisão de relógio de O Código. Nem tudo se encaixa tão perfeitamente no fim das contas. Se o Código Da Vinci daria – e provavelmente vai dar, no ano que vem – um filme de suspense um bocado divertido, Anjos e Demônios não teria como escapar da pecha de filme de ação. É espetacular demais. Até para quem acredita em milagre.
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